Foto: Michael Dantas/AFP

O nível de desflorestação na floresta amazónica brasileira registado durante o primeiro trimestre de 2023 foi dos piores de sempre.

Segundo dados oficiais divulgados pelo Instituto Nacional de Investigações Espaciais (INPE), só em março foram destruídos 356 quilómetros quadrados de floresta.

Tal representa um aumento de 14% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando Jair Bolsonaro ainda era presidente.

Somando o total de janeiro, fevereiro e março recentes, o valor ascende a 844 quilómetros quadrados.

Apenas o primeiro trimestre de 2022 foi maior em termos de destruição florestal, com 941 quilómetros quadrados.

Mariana Napolitano, do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) no Brasil, disse à agência AFP que os quatro anos de Bolsonaro no poder resultaram no fim de vários programas de proteção ambiental.

“Os números mostram um cenário complexo diante do enfraquecimento do controlo na região amazónica e do discurso dos últimos anos, que favoreceu a ilegalidade”, afirmou a responsável.

“Embora o atual presidente, Lula da Silva, tenha demonstrado a intenção de combater seriamente a desflorestação, mudar o cenário levará tempo”, acrescentou.

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