Foto: EPA/DR

Continua ativo o vulcão Nevado del Ruiz, nas montanhas andinas da Colômbia. Mas as populações próximas teimam em não abandonar as suas casas e prosseguem a vida de sempre.

Apesar do fumo intenso que sai constantemente da cratera do vulcão, cerca de 7500 aldeões continuam a cuidar dos seus animais e culturas, ignorando o perigo.

Nem mesmo as ordens de evacuação anunciadas pelo Governo os fizeram mudar de ideias.

“Os aldeões têm vacas, cavalos, ovelhas, cabras e aves domésticas. E isso, de alguma forma, impede-os de se moverem e aceitarem a evacuação preventiva, por por medo de que sejam roubados”, explicou à agência AFP Luis Fernando Velasco, assessor presidencial.

A ameaça de erupção do Nevado del Ruiz aumentou no final de março, quando o número de tremores diários disparou de 50 para 12 mil.

Foto: Ernesto Guzmán/EPA

Em 1985, uma enorme erupção causou mais de 25 mil mortos, com as torrentes de lama, cinzas e rochas que desceram as encostas da montanha a causarem também uma extensa onda de estragos materiais e a enterrarem a cidade de Armero.

Na retina, ficou então a imagem de Omaira Sanchez, uma menina de 13 que passou três dias enterrada até o pescoço em água lamacenta, com as pernas presas pelos escombros de sua casa destruída. Faleceu quando não encontrou mais forças para resistir.

As recordações desses dias ainda pairam na memória dos habitantes locais, muito embora não os demovam de abandonarem as suas casas por motivos de segurança.

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