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A Volta ao Mundo realizou esta quarta-feira, 31 de maio, mais uma “VM Talks”, que desta vez se debruçou sobre o panorama daquele que é o maior programa europeu de intercâmbio estudantil.

A “VM Talks: Eu sou Erasmus” contou com a participação de Cristina Perdigão, diretora da Agência Nacional Erasmus+, Pedro Guimarães, coordenador Erasmus+ no Modatex, e Juliane Pessoa, ex-aluna Erasmus e assistente de marketing. A moderação foi de Pedro Ivo Carvalho, diretor da revista Volta ao Mundo.

Cristina Perdigão destacou o “enorme crescimento” do programa Erasmus ao longo dos seus 35 anos de história. “Muitas coisas mudaram” ao longo destas três décadas e meia, nomeadamente o “alargamento do Erasmus a outros setores”, que hoje é realidade que o caracteriza e distingue.

Uma experiência de “enriquecimento académico e, sobretudo, pessoal”, que Cristina Perdigão considera “o mais bem-sucedido programa do espaço europeu”. No fundo, um projeto que abrangeu 12 milhões de pessoas no Velho Continente e que “fabricou europeus, dando-lhes a ver outras realidades e mudando a forma das gerações europeias olharem a Europa.”

A Agência Nacional Erasmus+, lembrou Cristina Perdigão, atribui financiamento às instituições de ensino secundário e superior, que depois o destina às múltiplas candidaturas recebidas. “Portugal já acolhe um número de estudantes superior aos que envia para outros destinos. Espanha, Polónia, Itália e França são os países mais escolhidos”, referiu.

Os estudantes saem de Portugal com uma bolsa de apoio que pode chegar aos 450 euros mensais. “Além disso, quem passa por mais dificuldades, sejam económicas ou de saúde, não está impedido de fazer Erasmus e pode receber um valor até 1000 euros suplementares”, avançou.

Há, também, oportunidades para quem não tenha possibilidade de realizar os seis meses previstos no programa e precise de encurtar a sua estadia. E ainda para quem queira experimentar outras paragens que não no Velho Continente.

“Os jovens podem escolher qualquer parte do Mundo, 20% das opções, aliás, vão nesse sentido, com o Brasil, os EUA, a Coreia do Sul e o Japão como maiores recetores”, apontou Cristina Perdigão.

Seja qual for a decisão, o Erasmus é “absolutamente fundamental” para conhecer um país diferente e viver novas e enriquecedoras experiências com óbvios benefícios futuros.

Pedro Ivo Carvalho moderou o debate em que participaram Cristina Perdigão, Pedro Guimarães e Juliane Pessoa (Foto: Adelino Meireles/Global Imagens)

Por sua vez, Pedro Guimarães destacou a importância do programa Erasmus para o setor da moda, “completamente internacionalizado e em relação diária com o Mundo.”

O coordenador Erasmus+ no Modatex considera a iniciativa europeia como basilar para a “preparação dos futuros ativos do setor”, pelo contacto que permite com outras realidades e pela busca de “experiência e multiculturalidade.”

Além disso, reforçou, “somos indutores de inovação para outros parceiros internacionais, funcionando em rede”, contribuindo para a acreditação de formandos e formadores.

“A Modatex providencia cursos de formação e o acesso a modalidade Erasmus orientada para estágio em contexto inovador de empresa”, enviando jovens para estágios no exterior e acolhendo outros de várias nacionalidades que possam captar experiência em Portugal.

“O design de moda é a área com maior número de candidatos”, revelou Pedro Guimarães. “Mas a abrangência é grande, seja em áreas emergentes ou tradicionais”, sublinhou.

Com 90 formandos até 2027, a Modatex tem parcerias com diversas empresas nacionais, sobretudo no norte de Portugal, e outras a nível internacional. E contribui com apoios para quem se aventura em Erasmus, nomeadamente para fazer face a despesas de transporte e alimentação.

Juliane Pessoa sentiu na primeira pessoa o contributo pessoal e académico que o programa Erasmus lhe proporcionou durante os seis meses em que o vivenciou em Vilnius, capital da Lituânia.

“Sempre gostei de viajar e de experimentar outras culturas. O Erasmus juntou a universidade a essa parte, o que foi excelente”, resume.

Uma fase da vida em que pôde perceber o que foi “viver num país com uma cultura muito diferente da portuguesa, numa zona da Europa incrível e por vezes esquecida”, onde as saudades foram colmatadas com a contínua “interação com a população local, sempre aberta a ajudar.”

Um processo que deixou marcas fortes em Juliane. Que não tem dúvidas: “Quem faz Erasmus não volta o mesmo, vem muito mais rico culturalmente e com uma mentalidade diferente.”

Esta “VM Talks: Eu Sou Erasmus”, foi aperitivo para a edição especial de junho da revista Volta ao Mundo, que tem como grande tema em destaque será precisamente o universo Erasmus, que estará nas bancas a partir desta sexta-feira, 2 de junho.

Na sua Volta ao Mundo de junho poderá encontrar um extenso guia das várias cidades Erasmus na Europa e no resto do Mundo. E ficar a conhecer os testemunhos de alunos portugueses e estrangeiros que participaram de um programa que, sem dúvida, deixa marcas para a vida.

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