O Quénia recuperou na última década os 1400 quilómetros da estrada transcontinental africana que atravessa o país, onde agora surgem negócios, turismo e desenvolvimento.
Dentro do Quénia, este troço da grande estrada – que liga a Cidade do Cabo, no sul do continente, ao Cairo, no norte – permite ligações diretas aos países vizinhos e é central nas interligações internas.
“Um grande parceiro no financiamento do Governo do Quénia tem sido o Banco Africano de Desenvolvimento. Tínhamos uma secção de 500 quilómetros que em 2012 estava por alcatroar e com esse apoio foi possível fazê-lo e está concluído”, explicou Henry Nakuru, diretor de novos projetos e reabilitações na Autoridade Nacional de Estradas do Quénia (KeNHA), citado pela Agência Lusa.
“Temos estado a fazer troços dessa estrada e, neste momento, é 100% alcatroada, desde a fronteira com a Tanzânia até à fronteira com a Etiópia”, acrescentou.
Depois de alcatroada, seguiram-se empreitadas de alargamento da estrada em vários troços, incluindo para duas vias em cada sentido, e com isso o desenvolvimento de negócios e atividades diversas foram surgindo, além da segurança e da rapidez nas ligações terrestres.
“Atraiu o turismo e promoveu o comércio ao longo da estrada, com segurança. Há cidades que cresceram realmente depois desse desenvolvimento, algumas até triplicaram de população e o negócio que se verifica é evidente”, detalhou Nakuru.
O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento é a principal instituição africana de financiamento do desenvolvimento.
Conta com 81 Estados-membros, entre 53 países africanos e 28 países fora do continente, incluindo Portugal.