A seca que se abateu sobre a Sicília quase drenou o único lago natural da ilha italiana e está a obrigar os operadores a recusar turistas e as autoridades a pedir para que não venham este verão.
Choveu apenas 250 mm em 12 meses na Sicília, que tem somado recordes de temperaturas, o que obrigou as autoridades a decretar o estado de emergência e impor o racionamento da água.
Depois de registar um recorde europeu de 48,8 ºC em 2021, a Sicília vem sendo fustigada por ondas de calor e o ano passado foi marcado por incêndios. Este ano, as erupções dos vulcões Etna e Stromboli agravaram a situação. A consequência é a pior seca de que há memória em três décadas.
E se o problema mais preocupante é do único lago natural, exangue, e, logo, o da agricultura e da pecuária de que vivem os habitantes, os turistas também estão a sofrer as consequências das alterações climáticas: muitos proprietários estão a declinar reservas.
Mais de um milhão de pessoas de 93 comunidades vivem agora com água racionada, algumas obrigadas a reduzir 45% dos consumos, com cortes noturnos.
E se há alojamentos a avisar os clientes de que a estadia pode ser complicada – pode mesmo faltar água para banhos – outros já começaram a ajudar os turistas a remarcar para zonas menos afetadas.
Isto quando todas as apostas estavam viradas para Agrigento, escolhida para capital italiana da Cultura de 2025.