Foto: Jaime Reina/AFP

Doze mil pessoas saíram à rua em Palma de Maiorca, em Espanha, para protestar contra o turismo massificado.

O protesto foi organizado pela plataforma “Menos Turismo, Mais Vida”, formada por mais de uma centena de associações, coletivos e movimentos sociais da ilha de Maiorca e acontece dois meses depois de uma manifestação semelhante ocorrida em maio.

Pere Joan Femenia, porta-voz da plataforma, disse tratar-se de “um ponto de viragem, um murro na mesa e o início de outras ações de mobilização nas quatro ilhas do arquipélago – Menorca, Maiorca, Formentera e Ibiza”.

“As manifestações vão estender-se além do verão”, garantiu Femenia em declarações à agência espanhola EFE.

Limitar o número de voos, de cruzeiros, do aluguer de automóveis e de casas para férias, além de regular a compra de habitação para não residentes são algumas medidas defendidas para travar o turismo desenfreado.

Maiorca junta-se, assim, a outras regiões espanholas que levantaram a voz contra o excesso de visitantes e se mostraram preocupadas com o esgotamento de recursos e os impactos graves no mercado da compra e aluguer de casa.

Espanha é o segundo destino turístico do Mundo, depois de França. Recebeu 86 milhões de estrangeiros em 2023, segundo estatísticas oficiais.

Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística do país vizinho revelam que o turismo representou 11,6% do Produto Interno Bruto (PIB) espanhol em 2022 e gerou mais de 1,9 milhões de empregos no mesmo ano.

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