Foto: Pixabay

Outrora com acesso totalmente livre, as praias italianas abrem-se cada vez mais ao setor privado e limitam a entrada apenas a pagantes.

Em certas zonas, como Rimini, na costa do Adriático, os estabelecimentos privados que detêm concessões podem assumir até 90% dos areais.

O fenómeno está a crescer no resto do país. O Sindicato das Câmaras de Comércio revelou que em 2024 há mais 26% de operadores de praia do que em 2011.

A estrutura acusa o lóbi dos operadores de ignorar repetidamente os avisos da União Europeia para abrir o setor à concorrência e reformar a forma como são renovadas automaticamente as concessões.

Estimativas mostram que o Estado italiano recebe 115 milhões de euros por ano destas rendas obtidas através de uma indústria avaliada em 15 mil milhões.

No mês passado, a associação de defesa do consumidor Codacons acusou alguns operadores de “especulação”, solicitando às autoridades portuárias que “revogassem as concessões aos estabelecimentos que praticam preços exagerados”.

Em algumas zonas, os preços semanais de aluguer de cadeiras e guarda-sóis podem chegar aos 340 euros. A média é de 226 euros, segundo um estudo do grupo de consumidores Altroconsumo.

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