Os portugueses que queiram entrar no Reino Unido vão precisar de uma Autorização Eletrónica de Viagem a partir de abril do próximo ano.
O sistema implica o registo com antecedência de dados pessoais e biométricos por via digital, através de uma aplicação, e o pagamento de uma taxa de 10 libras (12 euros).
A autorização poderá demorar até três dias e terá uma validade de dois anos, período durante o qual poderão ser feitas múltiplas visitas ao Reino Unido de até seis meses de duração.
O documento passará a ser obrigatório para todos os cidadãos de países do espaço europeu, conforme anunciou o Governo britânico.
O objetivo, explicou o Ministério do Interior, é digitalizar o sistema de fronteiras e de imigração do Reino Unido.
Assim, os turistas provenientes da Europa, incluindo de Portugal, poderão candidatar-se ao documento a partir de 5 de março.
Visitantes de países não-europeus como Estados Unidos ou o Brasil podem realizar o pedido a partir de 27 de novembro e terão de ter uma Autorização Eletrónica de Viagem a partir de 8 de janeiro.
Depois de uma fase experimental com alguns países árabes iniciada em 2023, o programa vai ser alargado a todos os visitantes que não necessitem de visto prévio para estadias de curta duração.
Britânicos residentes fora do país, bem como cidadãos estrangeiros residentes na República da Irlanda estão isentos por fazerem parte de uma área comum de viagens com o Reino Unido.
A medida não se aplica aos detentores de autorização de residência, assim como aos inscritos no Sistema de Registo de Cidadãos da União Europeia aberto depois do Brexit, trabalhadores com visto ou estudantes.