Foto: Pixabay

O Zimbabué vai abater 200 elefantes para aliviar a pressão sobre os recursos naturais esgotados pela seca.

É a primeira vez em 35 anos que a polémica medida está a ser aplicada naquele que é um país que vive a braços com um problema de excesso de população animal.

A decisão surgiu depois de a vizinha Namíbia ter afirmado que planeava abater mais de 700 animais selvagens, incluindo 83 elefantes, para aliviar a pressão sobre as pastagens e o abastecimento de água afetados pela seca, e para fornecer carne para programas de ajuda alimentar.

A população de elefantes do Zimbabué é estimada em 84 mil exemplares. “O abate será uma gota no oceano, é insignificante”, garantiu à agência AFP Tinashe Farawo, porta-voz da Autoridade de Parques e Vida Selvagem daquela nação africana.

A carne dos animais será distribuída às pessoas que necessitam de ajuda alimentar e as presas irão juntar-se a um stock de 130 toneladas de marfim.

“O Governo deveria ter métodos mais sustentáveis ​​e ecológicos para lidar com a seca sem afetar o turismo”, defendeu, por sua vez, Farai Maguwu, diretor do Centro para a Governação dos Recursos Naturais, uma organização sem fins lucrativos.

“Correm o risco de recusar turistas por razões éticas. Os elefantes são mais rentáveis ​​vivos do que mortos”, acrescentou Maguwu.

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