Foto: Clement Mahoudeau/AFP

Uma manifestação de duas organizações contra o turismo de cruzeiros em Marselha bloqueou este sábado, dia 21, a entrada de quatro navios no porto desta cidade francesa.

A operação foi organizada pelos grupos Extinción Rebelión e Stop Cruceros, que colocaram no mar cerca de uma dezena de caiaques para impedir o acesso das gigantes embarcações.

O objetivo foi o de denunciar que as empresas de cruzeiros tentam “destacar os seus supostos esforços e inovações” em questões ambientais, o que “na melhor das hipóteses é uma cortina de fumo”.

Os autores deram como exemplo a atual utilização de gás natural liquefeito (GNL) como combustível, que também é um combustível fóssil.

“Os navios consomem muitos recursos, poluem a atmosfera e a água, amplificam o turismo de massas, geram muitos gases de efeito de estufa e praticam o exílio/otimização fiscal com condições de trabalho indignas”, denunciou a organização.

Foto: Clement Mahoudeau/AFP

A Stop Cruises criticou ainda “o saque do precioso património marítimo que deve ser protegido pela indústria de cruzeiros”.

No caso de Marselha, a organização salienta que em 2023 chegaram à cidade 2,5 milhões de turistas em navios de cruzeiro, mais um milhão do que em 2022, e que a tendência de crescimento não pára.

O protesto terminou com a intervenção das autoridades, que detiveram os ativistas e transportaram as canoas para o cais, segundo descreveu a agência explicou a agência espanhola EFE, citando o jornal “La Provence”.

Partilhar