Foto: Luis Acosta/AFP

Milhares de turistas viajam todos os anos para a Polinésia Francesa, um dos principais destinos para observar baleias.

Entre julho e novembro, as baleias-jubarte viajam dos seus locais de reprodução na Antártida para as águas amenas da Polinésia para acasalar e dar à luz, cobrindo uma extraordinária distância de cerca de 6000 quilómetros.

“Temos a sorte de ter animais que chegam perto dos recifes em busca de descanso e calma”, explica à agência AFP Julien Anton, guia da Tahiti Dive Management, operadora que oferece passeios de observação.

Conhecida pelas exibições aéreas e pelas canções elaboradas com que os machos cortejam as fêmeas, esta espécie pode ir até aos 15 metros de comprimento e pesar 40 toneladas.

A observação de baleias é uma importante fonte de rendimento para a Polinésia Francesa e as autoridades tomaram medidas para promover o turismo responsável.

O regulamento impõe uma distância de segurança de 100 metros entre o animal e os barcos autorizados.

Apesar de o território ultramarino francês promover esta forma de turismo ecológico, ambientalistas e cientistas alertam que o número crescente de viajantes representa uma ameaça para os enormes mamíferos do mar.

A associação Mata Tohora, que trabalha para proteger estas baleias, afirma que há demasiados barcos na água e iniciou uma campanha pela introdução de um período de não observação, a partir das 14h00, para lhes permitir descansar.

Já um estudo publicado pela revista PLOS One apontou “efeitos prejudiciais” nas baleias alvo de atividades, especialmente nos pares mãe-filhote, com as fêmeas a mergulharem durante longos períodos de tempo na presença de embarcações e humanos.

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