Foto: Pixabay

Um estudo inédito comprovou que sete das espécies de árvores florestais mais comuns na Europa conseguiram conservar a sua diversidade genética mesmo após grandes mudanças nas condições ambientais.

Investigadores da Universidade de Uppsala, na Suécia, publicaram um documento na revista científica Nature Communications onde explicam que a faia-europeia, o pinheiro bravo, o carvalho séssil, a bétula prateada, o pinheiro silvestre, o abeto e o choupo-negro foram as árvores mais resistentes.

Todas elas sobreviveram a ciclos complexos, como os glaciais, e, mais do que isso, mantiveram as suas características de sempre.

Do ponto de vista da biodiversidade isto é muito positivo, porque estas árvores são espécies-chave das quais dependem muitas outras”, explicou à agência espanhola EFE Pascal Milesi, o coordenador do estudo.

Na última era glaciar, há cerca de 10 mil anos, a área de distribuição das árvores foi consideravelmente reduzida, por isso os cientistas pensavam que a diversidade genética seria baixa.

No entanto, as conclusões dos especialistas revelaram exatamente o contrário, que havia grande diversidade genética, o que indica que eram favoráveis a mudanças drásticas no seu habitat.

“Acreditamos que a razão desta elevada diversidade genética está também relacionada com o facto de o pólen das árvores poder viajar milhares de quilómetros, unindo árvores que crescem muito distantes umas das outras”, referiu Pascal Milesi.

O trabalho envolveu a recolha de folhas de 3500 árvores de 164 conjuntos arbóreos diferentes na Europa, das quais foi extraído e analisado o respetivo ADN.

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