Promover cidades e vilas à volta de Lisboa com espaços Património Mundial.
Esta é a estratégia defendida para retirar a pressão turística da capital e que passa por locais como Mafra, onde pontifica o imponente convento local e em breve vai nascer o Museu da Música.
A ideia foi defendida por Alexandre Pais, presidente da Museus e Monumentos de Portugal (MMP), durante uma reunião com responsáveis da Câmara Municipal de Lisboa, na qual apresentou o relatório “Cidade Menos Visitada”.
O documento prevê a “definição e implementação de uma estratégia de dispersão dos fluxos turísticos” para resolver a “pressão muito grande” sobre espaços como o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém ou os museus do Coche e do Azulejo.
A tática passa por levar turistas para fora de Lisboa, com a promoção de locais que são Património Mundial, como Mafra, uma vez que “Sintra já atingiu o seu limite de capacidade”.
Alexandre Pais destacou que alargar o perímetro das atrações turísticas pode envolver também outros espaços em Évora e “eventualmente Alcobaça”, que ficam a uma hora ou hora e meia de Lisboa, o que “é aceitável para a maioria” dos visitantes estrangeiros.
O responsável destacou que seria importante um aeroporto na zona centro, “porque isso iria retirar uma série de turistas das zonas, neste momento, mais sobrecarregadas e poderia cativar uma série de turistas”, nomeadamente para Fátima, Tomar ou Batalha, por exemplo.
Em relação à cidade de Lisboa, defendeu também uma desconcentração do turismo, exemplificando com a criação de percursos para observação de azulejos, devido ao interesse manifestado pelos visitantes no Museu do Azulejo.
Para promover o interesse em pontos que não têm tantos visitantes, como o Museu do Chiado, apontou a necessidade de criação de sinergias com outros museus de arte contemporânea “que existam na cidade e fora dela”.