Moçambique recebeu este ano nove navios de cruzeiro, com quase 4500 turistas.
As embarcações aportaram essencialmente em Maputo e chegaram ao país provenientes de países asiáticos e europeus.
Os dados foram divulgados pelo próprio Governo moçambicano, que publicou um relatório onde dá ainda conta que entraram em funcionamento no país 157 empreendimentos turísticos, dos quais 46 de alojamento, 83 de restauração e bebidas e 28 agências de viagens.
Estes números são anteriores ao período pós-eleitoral no país, marcado por manifestações e paralisações generalizadas desde 21 de outubro.
A situação levou a que empresários moçambicanos alertaram para o cancelamento de reservas e redução da confiança dos turistas, em consequência das paralisações e das manifestações de contestação aos resultados anunciados das eleições gerais de 9 de outubro.
“As reservas estão a ser canceladas por completo. O índice de confiança dos turistas fica afetado”, disse à Agência Lusa Muhammad Abdullah, responsável pelo pelouro da Hotelaria, Restauração e Turismo da Confederação das Associações Económicas (CTA).
O responsável avançou que “é prematuro” falar dos números referentes aos prejuízos em face das manifestações, mas adiantou que será necessário um trabalho de marketing para recuperar a confiança dos turistas.
“O índice de confiança do turista baixou e isso permanece durante algum tempo até a estabilidade se fazer sentir e essa informação causar efeitos além-fronteiras”, acrescentou Muhammad Abdullah.