Apenas 26,9% das paisagens prioritárias para o jaguar foram conservadas ou restauradas no México, em contraste com 62% em países como a Bolívia e a Colômbia.
Estas são as principais (e preocupantes) conclusões de um estudo levado a cabo pela World Wide Fund for Nature (WWF), agora divulgado.
“Temos poucas estratégias de recuperação de espécies que atuam ao nível em que deveriam atuar e que conversam com os decisores”, lamentou María José Villanueva, coordenadora de conservação para a América Latina e Caraíbas e líder da Iniciativa Jaguar da WWF.
A especialista sublinhou que existe uma “grave crise global” de perda de espécies e que só na América Latina “praticamente todas as populações de vertebrados” estudadas no relatório estão em declínio.
“Estamos num momento importante em que uma região como a nossa tem uma quantidade significativa de biodiversidade que também está a ser fortemente transformada e onde temos desafios como conciliar a visão ambiental com o desenvolvimento económico”, vincou María José Villanueva.
As ameaças continentais para o jaguar são praticamente as mesmas nos diferentes países: a perda de habitat e a fragmentação do território.
“Devemos trabalhar em novos projetos ou projetos existentes que contemplem a biodiversidade”, apelou a responsável da WWF.