Bożonarodzeniowy é Natal na Polónia. E jarmark é mercado. Se lhe juntarmos a palavra Gdańsk, temos o melhor da Europa. A Volta ao Mundo foi tentar perceber porquê. E ainda parou no Natal de Varsóvia.
O cheiro a queijo de ovelha fumado e grelhado é omnipresente. Rivaliza com o das especiarias do vinho quente, com o aroma ácido da choucroute, com o doce quase enjoativo dos doces.
Ao longe, o palco debita êxitos americanos dos anos 1980. Haja globalização sonora. E gustativa. Os kebabs lutam com o pão com gordura de porco, as raclettes engadelham com os pierogi (vulgos dumplings) cheios de tudo o que houver, os wurst batalham com a linguiça grelhada, os churros pegam-se com os pączek (bolas que não são de Berlim porque são polacas e mais pequenas).
O que faz de tudo isto um mercado de Natal? As luzes, as musiquinhas, o frio, claro está, o Pai Natal e o seu trono, o carrossel dele, o ar do tempo. O que faz de tudo isto um mercado de Natal único? O gosto de quem vota nestas coisas, mais de 90 mil pessoas/votos, no âmbito das European Best Destinations.
Instalado atualmente numa extensa área à roda das portas góticas da “Cidade Principal” herdadas dos cavaleiros da Ordem Teutónica, o mercado natalício data do século XVII, altura em que as vendas aconteciam junto à basílica de Santa Maria, teutónica também.
E se merece uma visita só por si, tem uma imensa mais-valia: está em Gdańsk, uma das mais belas cidades da Polónia, recuperada do horror da Segunda Guerra e palco da histórica luta do Solidarnosc. A escassos passos do Báltico e do enclave russo de Kaliningrado.
Aproveitando a viagem à Polónia (a TAP assinala este ano os 15 anos da rota Lisboa-Varsóvia), pare-se em Varsóvia e visite-se uma cidade onde os mercados de Natal são vários e enchem literalmente toda a zona histórica.
E, seguindo pelo “caminho real”, aporte-se no Palácio de Wilanów. Foi morada de campo de reis na altura em que a capital era Cracóvia. É museu desde o século XIX e, por esta altura, palco de uma instalação de luz e cores que se estende até fevereiro. Com videomaping e rosas gigantes. A não perder.