Diminuiu a frequência dos terramotos que têm afetado Santorini e as ilhas gregas vizinhas nas últimas semanas. Mas a incerteza continua a pairar.
A previsão é Costas Papazachos, principal sismólogo do Governo da Grécia, que afirma ser impossível calcular quando terminarão de ver os abalos, apesar da acalmia recente.
“Infelizmente, por agora, temos de esperar. Estas sequências sísmicas não terminam rapidamente, seguem o seu próprio calendário”, explicou Papazachos em declarações à rádio estatal grega ERT, afirmando esperar que a situação “surpreenda de forma positiva e que se resolva mais cedo ou mais tarde”.
O estado de emergência foi declarado em Santorini e nas ilhas de Ios, Amorgos e Anafi, depois de uma vaga de terramotos submarinos este mês ter levado milhares de pessoas a deslocarem-se para o continente grego.
“A causa principal da atividade é a interação dos processos tectónicos e magmáticos”, descreveu Costa Papazachos, destacando que tal “não significa que o material fundido – o magma – consiga romper os oito quilómetros de crosta e chegar à superfície, provocando uma nova erupção vulcânica”.
As escolas locais permanecem fechadas pela terceira semana, enquanto os serviços de segurança criaram equipas de salvamento e geradores de energia de reserva como parte das medidas de precaução.
O Governo anunciou a criação de um porto de emergência em Santorini para a eventualidade de uma evacuação em grande escala.