Foto: Salvatore Allegra/Anadolu via Getty Images

Que a erupção de um vulcão, ainda por cima do Etna (Itália), é um extraordinário espetáculo natural, tal não parece oferecer dúvidas de maior. Assistir a esse espetáculo ao vivo e a cores impedindo operações de socorro, coloca em causa tudo o que são regras de razoabilidade e civismo.

É o que está a acontecer nas imediações de Catânia, na ilha de Sicília, onde desde há cerca de uma semana o Etna solta a sua pequena fúria, com constantes jatos de lava fervente a descerem as encostas a grande velocidade.

A nuvem de cinzas é tal, que o aeroporto local foi obrigado a suspender ou desviar dezenas de voos.

Milhares de pessoas juntaram-se no local e têm perturbado o trabalho das equipas de socorro, que deveriam estar sempre prontas a acudir de imediato no caso de a situação piorar de cenário e for necessário desalojar temporariamente população em perigo.

Os populares, entre os quais constam desde simples curiosos a especialistas em vulcões, praticamente cercaram o monte onde pontifica o Etna, entupindo os acessos.

“As pessoas estacionaram de forma descontrolada e caminham junto a estradas estreitas, bloqueando a circulação de veículos de resgate”, referiu à estação de televisão CNN Salvo Cocina, chefe da Proteção Civil da Sicília.

Além disso, muitos estacionam as viaturas próprias em troços de estrada já de si estreitos e onde os veículos de emergência têm dificuldades a aceder.

Entre os casos mais caricatos e, simultaneamente, reveladores de pouca consciência cívica, consta o do grupo de oito pessoas que tentou subir a montanha sem qualquer guia de acompanhamento e acabou por se perder, obrigando a buscas de horas. A boa notícia é que ninguém ficou ferido, apenas desorientado.

Outra situação envolveu um homem que fraturou um pé depois de uma queda aparatosa enquanto tentava alcançar o ponto mais próximo possível do local da erupção.

Considerado o vulcão mais ativo do Mundo, o Etna situa-se a 3350 metros de altitude e é o mais elevado de toda a Europa.

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