Um projeto pioneiro em Chipre utiliza pequenos submersíveis para monitorizar, proteger e fornecer dados sobre recifes artificiais.
O objetivo é atrair nova vida marinha em secções do mar que, de outra forma, seriam estéreis.
Os pequenos veículos submarinos autónomos, ou AUV, são considerados como o “futuro da vigilância submarina” e estão equipados com sensores e câmaras de alta definição.
O material de alta definição consegue dar aos cientistas do Instituto Marinho e Marítimo de Chipre (CMMI) uma imagem clara da eficácia dos seus recifes artificiais, concebidos e construídos através de impressão 3D.
“Os recifes são feitos de uma mistura de cimento amiga do ambiente e terão uma estação de acoplamento onde os drones podem recarregar e transmitir os dados recolhidos, incluindo vídeos”, descreveu o diretor executivo do CMMI, Zakarias Siokouros.
A vantagem dos AUV reside na sua capacidade de permanecerem debaixo de água até um mês de cada vez e fornecerem um fluxo contínuo de dados, ao mesmo tempo que “protegem” os recifes, alertando os cientistas para qualquer perturbação nas águas protegidas causada pela pesca ilegal e por barcos que se aproximam.
Um ensaio do projeto, denominado EONIOS, está atualmente em curso ao largo de Ayia Napa, em Chipre. Cientistas planeiam também colocar os recifes artificiais na cidade costeira de Limassol, a uma profundidade de cerca de 20 metros, onde a luz solar ainda pode chegar ao fundo do mar.
“Os recifes atraem tudo, desde vegetação a peixes grandes. Nas águas ao largo do Chipre, onde não há comida suficiente para os peixes, o nosso objetivo é criar o ambiente adequado para trazer esses peixes para lá”, afirmou Siokouros.
Outra vantagem é que conseguem detetar atividade sísmica, além de pontos para a exploração de petróleo e gás, e áreas adequadas para a construção de parques eólicos e solares.