Os cidadãos portugueses que queiram visitar o Reino Unido já podem pedir uma Autorização de Viagem Eletrónica (ETA), a qual será obrigatória a partir de 2 de abril.
Com o custo de 10 libras (12 euros), o processo de obtenção do documento é inteiramente digital e demora cerca de 10 minutos a completar. Pode ser feito aqui.
O sistema é idêntico ao que outros países como os Estados Unidos (ESTA) e a Austrália (Australian ETA) já têm em prática e que a União Europeia pretende implementar este ano para turistas e visitantes com estadias curtas (ETIAS).
Assim, antes da entrada no Reino Unido, os viajantes devem submeter um pedido pela Internet ou através da aplicação de telemóvel, providenciando dados pessoais e biométricos e respondendo a várias perguntas, incluindo sobre eventual cadastro criminal.
As autoridades britânicas garantem uma decisão no prazo de três dias, embora a maioria seja mais rápida, podendo demorar apenas alguns segundos ou minutos.
A ETA, que fica associada ao passaporte, é válida por dois anos, mas tem de ser renovada se o passaporte, entretanto, expirar.
Nas próximas semanas, o custo subirá para 16 libras (19 euros), segundo decidiu recentemente o parlamento de Londres.
“A expansão da ETA a nível mundial reforça o nosso compromisso de melhorar a segurança através da tecnologia e da inovação”, afirmou a secretária de Estado do Reino Unido para a Migração e a Cidadania, Seema Malhotra.
A autorização permite um número ilimitado de estadias ao longo de dois anos no Reino Unido durante um período máximo consecutivo de seis meses e é diferente de um visto, necessário para poder estudar, trabalhar e até casar no país.
A ETA é requerida mesmo que viajantes estejam apenas de passagem pelo país, por exemplo, em escala de viagem para outro destino.
No entanto, após queixas das companhias aéreas e aeroportos, foi criada uma isenção temporária para passageiros que o fazem sem sair do aeroporto e, por conseguinte, não passam pelo controlo fronteiriço, como em Heathrow ou Manchester.