Lua‑de‑mel, açúcar, rum, história, religião e muita praia. Na ilha Maurícia, há a força de África, a tradição da Europa e o exotismo da Ásia. É difícil pedir mais. Veja o vídeo abaixo.

Texto de Nuno Mota Gomes
Fotografias de Fernando Marques

Acabados de aterrar, já temos um colar de flores ao pescoço, uma toalha refrescante numa mão e na outra um cocktail com rum. Naquele momento, não imaginávamos que seria apenas o primeiro de muitos. Sabemos, no entanto, onde estamos. Nos tempos áureos, até à década de 1970, a economia milagrosa da ilha escrevia‑se numa palavra: açúcar. Representou mais de 90 por cento das exportações. E da cana, introduzida pelos holandeses, deriva também a bebida mais famosa deste país. Continua a estar plantada por todo o lado, com estradas a atravessarem campos a perder de vista. Foram poucas as fábricas que resistiram à crise, depois de um ajuste da quota de mercado aplicado às exportações mundiais: passaram de 21 para apenas quatro. Hoje, a economia é mais amarga, embora continue a ser um exemplo para a maioria dos outros países africanos, sustentada pelo turismo e pelo investimento privado.

Começamos ali a descobrir um dos destinos mais desejados para casais em lua‑de‑mel. E não é difícil perceber os principais motivos, porque os postais não enganam: a beleza da ilha é indiscutível, do interior montanhoso e que é verde durante todo o ano, às praias com palmeiras e água quente. Não nos fazemos de esquisitos e mergulhamos logo que possível. Deixamos de ter o sono trocado e a expressão óbvia surge inevitavelmente: «Estamos no paraíso.»

No paraíso vive‑se bem. Não se vestem casacos porque está sempre calor. Como o clima é tropical, às vezes chove mas chega a ter piada. Come‑se muito peixe e bebe‑se rum de todos os sabores. Bebe quem a religião permite. Estranho? Só para quem não imagina que na Maurícia há praticantes de islamismo, hinduísmo, cristianismo e budismo. Surpreendente é como todos convivem. E todos são indianos, africanos, chineses e europeus, que se misturam e dão vida a esta ilha multirracial. Afinal, estamos a falar de um dos países mais seguros do mundo.

A Maurícia tem cerca de 1,3 milhões de habitantes e por lá vivem e convivem africanos, indianos, chineses e europeus. É um dos destinos mais seguros do mundo.

A fórmula para esta diversidade cultural resultar não é um segredo, mas, como conta a história da ilha, todos são descendentes de imigrantes: a ilha não era habitada por indígenas. Foi visitada por árabes e assinalada no mapa pelos portugueses no caminho para a Índia. Seguiu‑se a colonização dos holandeses, a ocupação do território pelos franceses e por fim a disputa e a presença dos ingleses. Ao longo destes mais de 500 anos, com os colonizadores vieram os outros povos, sobretudo para trabalhar nos campos: uns por obrigação e destinados à escravatura – abolida pelos ingleses em 1835 – e outros com o sonho de ali encontrarem uma vida melhor. Foi o caso dos indianos, que são o povo com maior presença na ilha. E nessa parte da história da Maurícia, Mahatma Gandhi teve um papel fundamental. Visitou várias vezes a ilha e as suas palavras, de político e líder do movimento da independência da Índia, espalharam‑se – meio milhão de indianos cumpriram a viagem das suas vidas, em busca do «paraíso».

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Antes de se chegar às praias, é interessante perceber a forma como as várias heranças permanecem e fazem parte do dia‑a‑dia dos cerca de 1,3 milhões de habitantes. Depois da independência, em 1968, tudo mudou mas nem tudo foi rejeitado. A Maurícia tornou‑se um país africano e assistiu pela primeira vez ao hastear da sua bandeira. O inglês ficou a língua oficial, mas, além do crioulo, é o francês a mais falada nas ruas, nos noticiários de televisão e que dá nomes a muitas das ruas. No entanto, conduz‑se pela esquerda e há o gosto pelo chá, tipicamente «à inglesa». Outros exemplos são a comida e a música, com receitas e sons da Europa à China, temperos indianos e ritmos africanos. Tudo combina. Tudo faz parte da rotina.

Passear de barco é atividade a não perder, a juntar ao mergulho profissional ou apenas ao snorkeling. O fundo do mar é um cenário único por aqui.

Os dias começam no norte da ilha, em Grand Baie. É uma das zonas mais turísticas, mas nada que assuste. Tudo está bem cuidado. Aliás, há uma regra – nem sempre cumprida – em que uma casa não deve ser maior do que uma árvore. Há, claro, hotéis e apartamentos, restaurantes ditos tradicionais, lojas de recordações, supermercados com preços mais altos. E empresas marítimo‑turísticas a vender passeios de barco ou mergulhos profissionais nas águas transparentes: um programa quase obrigatório ao qual não fugimos. Nesse dia de manhã, lá estávamos no cais, para um dia a bordo de um catamarã.

Aldo é o skipper do Pacha. Dá as boas-vindas, ordens aos seus marinheiros para largarem os cabos e um briefing a todos os presentes sobre o dia que temos pela frente. Pouco depois aumenta o volume da música e faz‑se às vagas. Sim, deixamos de estar protegidos pelo recife, que faz que as praias não tenham ondas, e passamos a estar em pleno oceano Índico. A chuva também não tarda em surpreender‑nos. «Onde é que nos viemos meter?», perguntam uns. Outros não digerem tão bem a situação e, na popa da embarcação, despedem‑se do pequeno‑almoço. Tudo normal para Aldo. É apenas mais um dia no mar para quem trabalha há 25 anos em barcos.

O tio tinha um de pesca e foi aí que começou a aprender, ainda muito novo. «Nunca fui à escola», exclama, a sorrir de um canto da boca ao outro, com uma mão no leme e a outra a ajeitar o chapéu que tem escrito «The Capitan». Toca Bob Marley e Aldo acompanha a letra. Tenta contagiar todos com o ritmo do clássico Jamming. Ele sabe melhor do que ninguém que aquele cenário é passageiro. Umas vagas mais à frente, o céu começa a ficar limpo e a pequena ilha de Gabriel, onde era suposto fundearmos, está mais próxima do que nunca. Não somos os únicos. Há quase vinte embarcações à vela com, quase de certeza, outros turistas enjoados e ansiosos por ter os pés em terra. O sol queima na baía resguardada com um curto areal e tudo à volta está tal e qual como sempre foi, tirando meia dúzia de palhotas.

O semirrígido é posto na água para quem queira boleia para a praia. Não queremos. Com máscaras e barbatanas, mergulhamos como quem nunca viu um fundo do mar assim. Temos pouco mais de uma hora para aproveitar o local, antes de o churrasco para o almoço ser servido a bordo. Vemos corais e peixes de todas as cores e formas. Estão à distância de um braço e não se mostram incomodados com a nossa presença. Fora da água, a paisagem é um cenário único. Daqueles que garantem muitos likes nas redes sociais. Estamos tão rendidos ao fundo do mar que perdemos a noção de quanto tempo nadámos com as costas viradas para o sol. Mesmo com protetor, não escapamos ao escaldão. À hora marcada regressamos ao catamarã. Há carne e peixe acabados de grelhar, cervejas locais e, em boa companhia, aproveitam‑se os últimos cartuchos daquela fatia do paraíso. Só mais um mergulho para refrescar, só mais umas braçadas para tentar que aquele momento não acabe.

Em Pamplemousses, no norte da ilha, uma visita ao Jardim Botânico faz parte do roteiro. Há centenas de plantas, endémicas e outras provenientes de todos os cantos do mundo. Um lago coberto de nenúfares gigantes, guias profissionais a circularem com grupos de selfie stick na mão e relvados onde apetece esticar o corpo à sombra de árvores centenárias. No interior da ilha é muito comum a chuva passageira relembrar‑nos como é o clima tropical. Depois de apanharmos uma molha, volta a estar sol e o passeio continua pelo jardim que recebeu o nome do primeiro chefe de governo da Maurícia: Seewoosagur Ramgoolam. Após a sua morte, em 1985, o «pai da independência da ilha» teve ali – e tem – uma das suas homenagens.

Entramos na carrinha, carregada pelo ar condicionado, para sairmos uns três minutos depois. É o tempo de chegar à L’Aventure du Sucre, para conhecer a história do país e do açúcar. O calor volta a tomar conta. Um e outro mosquito incomodam, mas não prometem perigo. Entre 1949 e 1952, uma desinfestação intensiva garantiu o controlo destas ameaças, contribuindo dessa forma para o desenvolvimento do turismo. Esta é apenas uma das curiosidades que se aprendem na paragem. Nos antigos armazéns da fábrica, transformados em museu, fica‑se a conhecer todo o processo do açúcar. Desde a cana vinda dos campos até ao produto final, o fenómeno do sugar boom, entre toda a maquinaria que ali permanece e de forma interativa, através de fotografia, vídeo e texto. À saída servem‑nos rum. Já não estranhamos o sabor.

Na Capital

Chegamos a Port Louis, meio perdidos e atentos a tudo o que nos rodeia. É uma das capitais menos habitadas do mundo: cerca de 150 mil pessoas. Durante a semana, no entanto, fazem‑se filas de trânsito dos arredores para o centro do país. Há várias culturas a atravessar a estrada. «Muslim for ever», lê‑se na T‑shirt de um jovem que caminha na nossa direção. Na mesma rua há uma igreja católica e um templo hindu, bancas de fruta na berma, casas de apostas cheias e a China Town a ocupar um quarteirão. A cidade é vibrante e bem arranjada, com edifícios coloniais e outros que já não respeitam a arquitetura. Entramos no mercado principal e, numa hipótese de negociar, a guia, Marie, deixa uma dica em tom de riso: «O preço vai ao fundo como o Titanic.» Lá dentro somos surpreendidos com as cores e a mistura racial, compramos malagueta e tentamos regatear outras especiarias. Sem sucesso.

É sobretudo na capital Port Louis que mais se sente a mistura de culturas, do mercado à China Town, das mesquitas aos restaurantes indianos, do colonial à modernidade.

Nas ruas caminhamos tranquilamente. Pedimos indicações, metemos conversa. Entramos numa mesquita e atravessamos a China Town. Tudo relativamente perto do porto, que com tanta importação e exportação se tornou gigante. Por exemplo, a carne – que grande parte da população não come porque a religião não permite – chega da África do Sul, da Índia ou da Nova Zelândia. Há muito peixe que vem de Madagáscar e o vinho só poderia ser sul-africano. No fundo, tudo é importado e muito caro: é o caso dos automóveis.

Também ali, na zona ribeirinha, está a Praça da Imigração ocupada pelo terminal rodoviário, de onde partem autocarros para todos os cantos da ilha. São coloridos, barulhentos e provenientes da Índia. Lá dentro estão vidas, de janela aberta, a tentar suportar o calor na ausência de ar condicionado. Pouco mais à frente passamos pelo Caudan Waterfront. É um moderno complexo onde há dois hotéis, casino, lojas e food court com comidas do mundo, de frente para o mar. É turístico, mas nem tanto quanto parece à primeira vista. Não deixa de fazer contraste com o resto da cidade. Como acontece do outro lado da estrada com a Place d’Armes, a praça mais histórica e emblemática da ilha, com palmeiras alinhadas ao longo da avenida e relva acabada de cortar. Há estátuas em homenagem a governadores, o pequeno Parlamento e os bancos, casas coloniais e o Teatro Municipal ao estilo londrino – o mais antigo teatro das regiões do oceano Índico, finalizado em 1822.

Tomando a avenida por ali acima, não tem como enganar, esta leva‑nos até ao campo onde todos os fins de semana decorrem corridas de cavalos. Mais um exemplo óbvio da influência britânica e como esta continua a fazer parte da vida dos habitantes da Maurícia. É o mais antigo do hemisfério sul e o segundo do mundo, com mais de 200 anos, e serve de palco para festas, apostas e convívio. Sobretudo durante a época das corridas, que decorre entre abril e setembro. Para além do desporto, os mais velhos não esquecem quando ali foi proclamada a independência da ilha, a 12 de março de 1968.

Na Maurícia há mais do que só praias paradisíacas. No interior montanhoso, não faltam locais sagrados para explorar.

Não assistimos a uma corrida – porque não era dia – e apanhamos a autoestrada, ainda mais para sul e novamente para o interior. Conduzimos cerca de 40 minutos até à cratera de um vulcão adormecido, a 600 metros de altitude, em Curepipe. À volta está uma das zonas mais ricas, a Beverly Hills da Maurícia como é considerada. Não exageremos, mas claro que não passam despercebidas as casas dos embaixadores, onde as ruas têm nomes como John F. Kennedy ou Queen Mary. Lá de cima avistamos, praticamente, todos os cantos da ilha. A zona mais verde está no sul e é para lá que apontamos o GPS.

Visitar o Parque Nacional Black River Gorges é uma viagem no tempo. Recuamos uns trezentos anos, para quando a presença do homem ainda não contribuía para a desflorestação. As estradas, rodeadas por vegetação, fazem ziguezagues pelas montanhas íngremes. Por aqui, a percentagem de humidade é ainda maior e a chuva aparece a qualquer altura – sem piedade de quem se esqueceu do impermeável. Estamos longe do mar, mas mergulhamos na natureza. Não há outdoors nem trânsito e a rede do telemóvel em certas zonas é para esquecer – e ainda bem.

Paramos junto à estátua de Shiva, um dos deuses mais importantes para os hindus. Tem 32 metros de altura e é mais um exemplo de como poderíamos estar na Índia. Mas não está ali por acaso. Mais à frente começa a ver‑se um lago e depois a perceber-se do que se trata. Grand Bassin é o local mais sagrado da ilha. Independentemente da religião, respeita‑se o lugar e visitam‑se os templos coloridos. Todos os anos, entre fevereiro e março, meio milhão de crentes juntam‑se aqui para rezar, durante o Festival Maha. Ao longo do ano, é um local de silêncio, reflexão e ponto de paragem turístico – naturalmente.

Na maior reserva natural da Maurícia, protegida desde 1994, não faltam outros pontos de interesse: uns para ir com mais tempo, como trilhos para caminhadas em busca da verdadeira floresta da ilha, e outros que não roubam muito mais do que uns momentos de contemplação. É o caso da queda de água em Chamarel, com 83 metros, assim como as Sete Cores de Terra, onde, dependendo de como a luz do sol incide no solo, se conseguem ver sete cores a brilhar. Não convém ter demasiadas expetativas e é preciso ter alguma sensibilidade, mas no fundo aquele lugar tem alguma magia. Mais magia tem a Varangue sur Morne, ali tão perto e onde antes tínhamos almoçado. O restaurante parece um chalé suíço, todo de madeira, com a diferença de que ali não só não cai neve, como tem o mar no horizonte. À nossa mesa vem Nitish. Ainda sem dizer percebemos que as suas raízes são indianas. Confirma‑se. Nasceu na Maurícia há 35 anos e trabalha ali há onze meses, «num lugar calmo e rodeado de natureza». O restaurante funciona há 25 anos e à entrada as fotografias não mentem: atores como o norte‑americano Robert de Niro ou o indiano Jackie Shroff estiveram ali. Realmente, o cenário é de filme.

Saindo do restaurante, a única estrada que desce leva‑nos à próxima paragem. São menos de dez minutos de carro até chegar à Le Rhumerie de Chamarel. Por aqui pode conhecer‑se todo o processo da destilaria de uma das marcas de rum mais famosas do país. Julie é a guia. Sorridente, fala depressa, como quem já tem decorado o que diz várias vezes por dia. Dos 35 hectares de campo que rodeiam a fábrica, a planta é transportada nos tratores para o armazém. Passa para um tabuleiro, até entrar nas máquinas que trituram tudo. Tiram‑se as fibras até dar o sumo da cana, seguindo‑se os processos de fermentação e os estágios. Perdemo‑nos na explicação e somos encaminhados para a fase final: a prova. Há prémios internacionais afixados nas paredes. Começamos por um de 52 por cento de teor alcoólico. Julie não perde o ritmo a falar e diz‑nos que se bebermos rum todos os dias ficamos mais novos. Não acreditamos, mas provamos outro: agora só com 44 por cento. A percentagem vai diminuindo em cada prova. Por perto, há mesas e cadeiras para quem vai perdendo as forças. O melhor é discutível, mas houve mais votos no rótulo Spices, que na composição tem canela, grãos de café, cardamomo, pimenta, cravinho, noz-moscada e casca de tangerina. Chegamos aos licores e todos têm – apenas – 35 por cento. No fim, Julie serve um de café e diz que é para beber ao pequeno‑almoço. Ao fim dos dez que provámos já acreditamos em tudo.

Já passa das 18 horas quando chegamos ao Sugar Beach Resort para fazer check‑in. Foi um dos «paraísos» que esta viagem nos proporcionou. É um dos hotéis mais antigos da Maurícia, um cinco estrelas renovado há meia dúzia de anos. Deixamos as malas no quarto ainda com tempo para ver o pôr do sol, um dos privilégios de quem fica deste lado da costa – a oeste. Como não podia deixar de ser, há cocktails com rum preparados para todos os gostos e para abrir o apetite. O bar da praia está em frente ao areal mais extenso da ilha, lado a lado com outros resorts. É o caso do La Pirogue, um quatro estrelas do mesmo grupo, onde os quartos são em pequenos bungalows. É isto que a grande maioria dos casais recém casados querem: praia e piscina, palmeiras alinhadas, água quente, vários restaurantes para experimentar. A particularidade de quem opta por um destes dois hotéis é poder frequentar as várias áreas, como jantar num e almoçar noutro. É uma boa dica para quem quer variar a ementa e o ambiente.

Na manhã seguinte acordamos antes do sol. O sono deixa de ser uma dificuldade quando temos a praia a uns passos do quarto. Aos poucos, a luz vai aumentando e dando cores ao cenário. Na maré baixa, quatro pescadores arrastam a rede na tentativa de encurralar o peixe ainda adormecido. É o que mais se come na ilha, obviamente. Ao longo do areal há mais madrugadores a dar as suas caminhadas, uns para um lado e outros para o outro. Haverá melhor forma de começar o dia? Segue‑se um mergulho para refrescar, uma ida ao quarto para trocar de roupa e o tão merecido pequeno‑almoço: de frente para a piscina e para o mar, já com o sol a queimar.

A caminho do aeroporto a chuva volta a cair. Naquele momento, sim, pode chover tudo. Uma placa na estrada indica «au revoir ». Ninguém quer, mas caímos na realidade à medida que nos aproximamos do momento final. Nas colunas da carrinha toca – em repetição – a música Li Tourner, o êxito do artista indo‑mauriciano Alain Ramanisum, que anima muitas das festas nos hotéis. Uma batida contagiante, com letra em crioulo e de que vale a pena aprender a coreografia. Outra placa informa «a vendre» e ficamos com vontade de ali comprar um terreno. Quem não quer ficar ali para sempre? Passamos por um cemitério e não nos iludimos. No paraíso também nada é para sempre.


A Volta ao Mundo viajou a convite da Soltrópico.


Guia de viagem

Moeda: Rupia Mauriciana (MUR). 1 euro – 39,11 MUR
Fuso horário: GMT +4
Idioma: inglês, francês e crioulo mauriciano
Quando ir: a melhor altura para ir é entre maio e dezembro. Não é recomendado visitar na época dos ciclones tropicais, entre novembro e abril.

Ir
A Turkish Airlines voa para a Maurícia a partir de Lisboa e do Porto, com escala em Istambul, onde, dependendo das horas de espera, se recomenda o upgrade para o lounge. Pelos dois pisos há espaços para descansar o corpo, comida e bebida à discrição e entretenimento. Para uma viagem destas compensa juntar tudo num pacote. A Soltrópico inclui voos de ida e volta e estada a partir de 1520 euros com meia‑pensão no Ravenala Attitude e 1783 em meia-pensão para o Sugar Beach Resort, e a partir de 1765 euros com pequeno‑almoço no Trou Aux‑Biches. Para excursões pela ilha com transporte incluído, a Mauritours é uma recomendação.

Ficar
TROUX AUX BICHES BEACHCOMBER GOLF RESORT & SPA
Cinco estrelas no norte da ilha. Um dos melhores. Das suites tropicais com chuveiro no exterior às suites com piscina privativa, não há como não gostar de ali estar e aproveitar o areal.
Troux‑aux‑Biches
Tel.: +230 204 6565
Preço: quarto duplo desde 230 euros
beachcomber‑hotels.com/hotel/trou‑aux‑biches‑resort‑spa

THE RAVENALA ATTITUDE
Parte do grupo Attitude, é um quatro estrelas, ideal para a família. Não falta espaço para estar na praia como junto à piscina. Combina arquitetura colonial com decoração moderna. Tem restaurantes e bar para aproveitar o final de tarde. Aos sábados à noite, há festa na piscina.
Turtle Bay, Balaclava
Tel.: +230 204 3000
Preço: quarto duplo a partir de 125 euros
hotels‑attitude.com/en/the‑ravenala‑attitude/

SUGAR BEACH RESORT
Goza do areal mais extenso da ilha, lado a lado com alguns dos melhores resorts, assim como o La Pirogue, que é do mesmo grupo. Este hotel de cinco estrelas é um dos mais antigos da Maurícia, mas a sua renovação nos últimos anos deu‑lhe a modernidade de que precisava, aliada à arquitetura colonial. Também estão do lado onde o Sol se põe e não faltam as mordomias para os recém‑casados: spa, piscinas, restaurantes para variar todos os dias.
Wolmar, Flic en Flac
Tel.: +230 403 3300
Preço: quarto duplo a partir de 290 euros
sugarbeachresort.com

Comer
VARANGUE SUR MORNE
Fica no Parque Nacional Black River Gorges e tem vista única, rodeada de natureza, para o sul da ilha.
Chamarel
Tel.: +230 483 6610
Aberto todos os dias, das 12h00 às 16h30
Preço médio: 25 euros por pessoa
varange‑sur‑morne.restaurant.mu/

CAUDAN WATERFRONT
Complexo moderno na capital, onde, para além dos dois hotéis, casino e lojas, há restaurantes com comidas do mundo. Aposta segura para quem está de visita à cidade.
Port Louis
Tel.: +230 211 9500
Horário: segunda a sábado, das 09h30 às 17h30.
caudan.com

Visitar
JARDIM BOTÂNICO SIR SEEWOOSAGUR RAMGOOLAM
Está localizado no norte da ilha e merece uma visita: não faltam espécies endémicas e tantas outras trazidas de vários cantos do mundo.
Pamplemousses
Aberto todos os dias, das 08h30 às 17h30
Preço: 8 euros

L’AVENTURE DU SUCRE
O museu fica a 3 minutos de carro do Jardim Botânico, no norte, e conta a história do país e do açúcar, de forma interativa e com direito a provas de rum no final da visita.
Bean Plan, Pamplemousses
Tel.: +230 243 7900
Aberto todos os dias, das 09h00 às 17h00
Preço: 5 euros adultos, metade para crianças
aventuredusucre.com