Foto: Pixabay

As Maldivas querem financiamento internacional para combater o aumento do nível do mar que ameaça o arquipélago.

“Somos responsáveis por apenas 0,003% das emissões globais, mas um dos primeiros países a suportar as consequências existenciais da crise climática. As nações mais ricas têm responsabilidade moral para com comunidades como a nossa”, escreveu o presidente Mohamed Muizzu no jornal britânico “The Guardian”.

O apelo do Muizzu foi feito antes da conferência anual dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEID) – muitos deles conhecidos como destinos de turismo de luxo, mas ameaçados pelo aumento do nível do mar – que arranca segunda-feira, dia 27, em Antígua e Barbuda.

“Graças à indústria do turismo saudável das Maldivas, somos classificados como uma economia emergente e, portanto, excluídos do financiamento mais barato reservado para os países de rendimento mais baixo”, lamenta o presidente.

Calcula-se que sejam necessários 500 milhões de dólares (462 milhões de euros) para atenuar os efeitos das alterações climáticas e a economia local.

As Maldivas são um pequeno país constituído por 1192 pequenas ilhas de coral. Planos para a construção de uma ilha artificial dois metros acima do nível do mar e duas vezes o tamanho da congestionada ilha capital, Malé, de dois quilómetros quadrados, estão pensados desde há mais de 20 anos.

Muizzu, eleito em setembro de 2023, revelou planos para uma ilha artificial maior, com 30 mil apartamentos, batizada de “Ras Male”, para combater as ondas crescentes.

No entanto, o projeto não foi elegível para financiamento climático porque foi classificado como obra de infraestrutura.

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