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Guia rápido de Bruxelas: o que não pode perder

Saiba, afinal, porque razão Bruxelas é a capital do chocolate, e beba uma cerveja num dos bares mais originais onde já esteve. Este é um guia do bê-á-bá de Bruxelas, para recordar os básicos e regressar às origens da capital da Europa - e, por estes dias, no centro da história. (Ver slides seguintes)
1. Gula aos pedaços Para os apaixonados por chocolate vai ser difícil sair desta loja de mãos a abanar. O ambiente rústico e artesanal de Le Comptoir de Mathilde transporta-nos para aquela que é a essência dos seus produtos. Aqui vai encontrar chocolates com lavanda ou violeta (por 4 euros) ou caixas com tabletes com martelo de madeira incluído para partir a gula em mil pedacinhos (19,90 euros).
2. Cervejas e caixões Se tem medo de ambientes sinistros é melhor não entrar neste pub. Mas se por outro lado for imbuído de espírito de aventura este é o local perfeito para uma experiência diferente daquilo a que está habituado, tal como pousar um copo de cerveja em cima de um caixão ou beber um cocktail a olhar para um esqueleto enquanto ouve rock das décadas de 1980 e 1990.
3. Origem do cacau Se não vive sem chocolate e não conhece as origens desta iguaria, o Museu do Chocolate vai esclarecer as suas dúvidas. Além de ficar a conhecer um pouco mais sobre a história do cacau, pode deliciar-se com uma fonte de chocolate enquanto espera pelo showcooking de um chocolateiro, que acontece de 30 em 30 minutos. A entrada de um adulto fica por 6 euros.
4. Heróis e companhia Ainda não entramos no Museu de Banda Desenhada e já estamos a ser recebidos por Lucky Luke, Tintin ou Astérix. Além de conhecer melhor autores como Hergé, André Franquinou Peyo, terá a oportunidade de ver pranchas e edições originais, e conhecer a história desta arte. A entrada custa 10 euros (adulto) e dá direito a um dossiê com informações em português.
5. História e arte Criado para celebrar o 50º aniversário da independência da Bélgica, em 1880, o Parque do Cinquentenário oferece muito mais do que o Arco do Triunfo. Além de um jardim pitoresco, com uma dimensão de 30 hectares e vista para o Palácio Real, neste local pode visitar outros espaços como o Museu Autoworld ou o Templo das Paixões Humanas.
6. Ícone da rebeldia Esculpido no século XVII, o Manneken Pis tem apenas 61 centímetros, mas é uma das maiores atrações da cidade. Em ocasiões especiais é vestido com uma indumentária que é cuidadosamente estudada pelos membros da confraria dos amigos do Manneken Pis juntamente com os vereadores do município. Também existe a versão feminina, Janneken Pis.
7. Ciência ampliada Mais afastado do centro pode encontrar o Atomium, considerado por muitos a Torre Eiffel da Bélgica. É uma estrutura metálica com 92 metros que representa uma molécula ampliada 165 mil milhões de vezes, construída para a Exposição Universal de Bruxelas, em 1958. Além das exposições patentes, os visitantes têm uma vista privilegiada da cidade. A entrada é imperdível.
8. Centro da UE Com um total de oito mil funcionários, o Parlamento Europeu é o órgão legislativo da União Europeia, diretamente eleito pelos cidadãos europeus de cinco em cinco anos. É presidido por Martin Schulz desde 2012. É possível fazer visitas individuais ou em grupo mediante marcação prévia obrigatória, sendo a idade mínima requisitada 14 anos.
9. Galeries Royales Saint-Hubert Construído para a emergente classe burguesa do século XIX, a Galeries Royales Saint-Hubert possui cerca de 50 lojas onde pode fugir dos habituais souvenirs e encontrar produtos gourmet como compota de ruibarbo com ameixa ou artesãos que fabricam joias e objetos de vidro. Tem teatro, cinema e uma zona de restauração.

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Bruxelas sempre foi determinada pela sua geografia, no coração do continente, e não foi à toa que se tornou no centro legislativo da União Europeia. Mas, além da modernidade dos edifícios do Parlamento e da Comissão Europeia, a capital da Bélgica tem vários pontos de interesse e de passagem obrigatória.

Uma das mais belas praças europeias, por exemplo. Victor Hugo descreveu a Grand Place como «uma fantasia deslumbrante inventada por um poeta e realizada por um arquiteto». É lá que se situa a Câmara Municipal, cuja imponência se estende pela torre que mede quase 100 metros. Já foi chamada de Teatro Vivo, pois é lá que se realizam mercados de pássaros ou de flores, já para não falar nos aconchegantes cafés e bares que a circundam. No entanto, e um pouco de forma contraditória, num deles, o Le Cercueil, existe um caixão.

À volta das evidências, escondem-se trajetos que nos transportam para o espírito irreverente e rebelde de Bruxelas, que contrasta com o romantismo herdado da Belle Époque. Na cidade de Manneken Pis, também conhecido como o pequeno Julien, a pequena estátua é um dos símbolos mais acarinhados pelos belgas, sendo também um dos monumentos mais antigos da cidade. O tom cinzento impregnado nas ruas e a arquitetura gótica da Grand Place e da Catedral de São Miguel e Santa Gudula – que evoca um sentimento de déjà vu para quem já viu a parisiense Notre Dame – contrastam com o policromático dos painéis de banda desenhada que se encontram espalhados pela cidade. Não se admire portanto se se cruzar subitamente com as figuras de Tintin ou de Astérix e Obélix, mesmo sem estar no interior do Museu de Banda Desenhada.

Além de ser considerada a capital da arte de contar histórias em quadradinhos, Bruxelas não se esgota aqui. O pecado da gula é facilmente despertado através do cheiro a waffles que percorre as ruas e das chocolatarias que se aglomeram em cada esquina e onde uma entrada vale quase por certo a oferta de um bombom. Para os amantes de cervejas a oferta é vasta e tentadora, com sabores inusitados que vão do chocolate ao pêssego.

E não esquecer as moules, prato típico de Bruxelas, que consiste em mexilhões com batatas fritas. Quem torcer o nariz a este petisco não precisa ficar preocupado, uma vez que não faltam restaurantes que nos permitem desenhar um verdadeiro mapa-mundo com as mais variadas gastronomias: grega, marroquina, libanesa, turca, italiana, vietnamita e, claro, portuguesa