À medida que o nível das suas águas sobe, os lagos onde os flamingos de África se reúnem possuem cada vez menos alimento para estas aves icónicas.
Investigadores que se dedicaram a estudar a sobrevivência desta espécie falam mesmo em ameaça à sobrevivência.
Os cientistas descobriram que os lagos produzem menos algas únicas das quais os flamingos dependem, o que afasta estas distintas aves dos seus habitats habituais para áreas desprotegidas em busca de alimento.
Três quartos dos flamingos do Mundo vivem na África Oriental e mais de um milhão, em particular, procuram lagos para sua alimentação, especialmente no Quénia, na Tanzânia e na Etiópia.
Estes espaços naturais viram o seu nível subir como não acontecia há décadas, devido ao aumento das chuvas ligado às alterações climáticas.
A alcalinidade e a salinidade das águas foram afetadas e provocaram impactos na biodiversidade, levando à diminuição das proliferações das algas que de que se alimentam os flamingos.
O estudo, publicado na revista Current Biology, foi o primeiro a utilizar imagens de satélite para observar todos os 22 lagos que acolhem flamingos em toda a região da África Oriental.