A cidade escocesa da literatura é um destino de festa, mas também de boas tradições. Siga o roteiro.
Para os adolescentes dos anos 1990, Edimburgo tornou-se uma cidade de culto por ser aquela onde decorre a ação do filme Trainspotting, com Ewan McGregor no principal papel. Apesar de Irvine Welsh, o autor do livro que deu origem ao filme, ter escolhido a fascinante capital escocesa para a trama se desenvolver, somente a primeira cena foi aí filmada. Não terá sido ao acaso, certamente, já que a opção recaiu na Princes Street, a mais conhecida e movimentada da cidade, recheada de lojas para todos os gostos, e na qual estão localizados o imperdível Scott Monument e a Scottish National Gallery.
A Princes Street marca o início da New Town, uma vasta área populacional edificada entre 1767 e 1850 num estilo arquitetónico neoclássico e georgiano. Esta zona, em conjunto com o centro histórico, é considerada uma obra de arte do planeamento urbano, o que motivou a classificação de Património da Humanidade pela UNESCO.
Entre estas, vale a pena, nos bancos e relvados dos jardins da Princes Street, desfrutar da vista privilegiada para a fachada norte de Castle Rock, onde se situa a Old Town. O Castelo de Edimburgo colhe a preferência dos admiradores e dos fotógrafos.
No centro histórico destaca-se a Royal Mile, uma extensa alameda que nos conduz do Holyrood Palace (palácio real) ao castelo, a segunda atração turística mais visitada em toda a Escócia. A enorme afluência de visitantes, mais do que desencorajar os turistas, deverá antes ser considerada garante do interesse em torno do monumento, no qual, além da exibição das joias da coroa escocesa, se poderá encontrar o edifício mais antigo de Edimburgo, a Capela de Santa Margarida, construída no século XII.
Zonas verdes, museus, arquitetura religiosa e pubs fazem parte da oferta da capital da Escócia. Partir à descoberta é a melhor opção.
A sul da encosta, nota-se que a vertente turística está menos acentuada, o que não é sinónimo de menor interesse. É lá que se poderá encontrar o Museu Nacional Escocês,que, nas amplas galerias dos seus nove pisos, nos remete para todas as idades, passadas e futuras, desde o tempo dos dinossauros ao da tecnologia por inventar. É também onde está localizada a Universidade de Edimburgo, fundada no século XVI. Os estudantes, pelas atividades desportivas e delazer (e até pelo estudo), são os que melhor tiram proveito da proximidade ao Meadows, um jardim composto por um relvado gigantesco intersetado por diversos caminhos ladeados por árvores, ideal para uma fuga temporária à azáfama própria das grandes cidades.
A capital da Escócia tem uma população de meio milhão de habitantes.
Detentora de uma vasta oferta cultural, é em agosto que a cidade se torna o centro das atenções dos amantes da arte. Nesse mês, Edimburgo acolhe a nata da comunidade artística britânica, no âmbito da realização do festival de arte. O evento inclui cerca de 45 exposições e reserva, para as três últimas semanas, atividades que vão de espetáculos a workshops relacionadas com música, dança, ópera, cinema, teatro e comédia, em particular as atuações de stand-up, que contam habitualmente com a participação de alguns dos melhores artistas britânicos do género.