A Capital Verde da Europa parece cenário de um conto de fadas. À noite ou de dia, em cada esquina há o que ver. (Veja os slides seguintes clicando nas setas)
Castelo encantado(r)
ljubljanskigrad.si
No topo da colina verdejante, facilmente acessível graças ao funicular que a trepa em poucos minutos, o Castelo de Liubliana (1) é o melhor miradouro da cidade mas não só: acolhe um museu que traça a história eslovena, outro de marionetas, dois restaurantes e uma agradável esplanada. Também é possível visitar o espaço que serviu de prisão durante a Primeira Guerra Mundial, com celas exíguas e uma apresentação multimédia impressionante. Divertidos são os bailes com música das décadas de 50, 70 ou 90, por exemplo, que aqui acontecem regularmente.
Das pontes à catedral
A Ponte Tripla (2) é o principal ícone de Liubliana e serve de motivo para conhecer o arquiteto responsável por várias construções da cidade: à ponte central, em tempos usada por automóveis (hoje o centro é pedonal), foram acrescentadas duas laterais, para peões, por Jože Plečnik, que também assina a Biblioteca Nacional e o Mercado Central, entre outros edifícios. A Ponte do Dragão (3), de 1901, é outra atração, assim como a Ponte dos Talhante (4), de 2010, com esculturas do esloveno Jakov Brdar (e muitos “cadeados do amor”). A parecer mesmo acabadinha de restaurar, a Catedral de São Nicolau (5) é visita recomendada (e, diz-se, até dá sorte a quem tocar num certo relevo de um dos pórticos…).
Bons sonhos
cityhotel.si
antiqpalace.com
A poucos metros do centro da cidade, o três estrelas City Hotel (6) (diárias em quarto duplo com pequeno-almoço desde 90€) é uma opção confortável. Parcialmente renovado este ano, possui restaurante (menus a 12€) e disponibiliza gratuitamente wi-fi, bicicletas para descobrir a cidade (por três horas) e sessões de ioga duas vezes por semana. Existem muitas outras alternativas de alojamento, desde múltiplos hostels (listados no site do Turismo e onde o preço em quarto duplo ronda os 40€)
Aqui come-se bem e, melhor ainda, paga-se pouco. O Vodnikov Hram (8) (cujo nome homenageia o poeta Valentin Vodnik, com direito a estátua na praça vizinha) é um bom lugar para degustar iguarias tradicionais como a salsicha de porco e bacon kranjska klobasa com chucrute, acompanhada por um copo de vinho local (11€). No Castelo, o Na Gradu (9) também oferece cozinha tradicional mas com um toque moderno e por preços mais altos (28€ com bebidas). Convém fazer reserva pois é bastante concorrido e aos fins de semana costuma ser eleito pelos recém-casados para os respetivos copos-d'água. Bons sabores locais e internacionais estão disponíveis no Valentin (10) com minipratos perfeitos para o almoço (desde 3,90€,preço de um hambúrguer de peixe). Mesmo imperdível é o Open Kitchen (ver Mercados).
Mercados
odprtakuhna.si
Às sextas-feiras, ao entardecer, as bancas do mercado central (11) transformam-se em minirrestaurantes: os chefes da cidade cozinham iguarias locais à vista dos clientes, que se sentam nas escadas vizinhas a degustá-las. Designado Open Kitchen, este evento constitui uma forma agradável (e económica) de conhecer a gastronomia eslovena. Aos sábados, à beira do rio Lubljanica, é a vez de artistas e artesãos apresentarem as suas criações, por sinal bastante apelativas, e aos domingos realiza-se uma feira de antiguidades.
Compras especiais
zakladi.si
soline.si
zoofa.si
Em Liubliana existem lojas diferentes das que se encontram em qualquer esquina de qualquer cidade europeia, o que vai sendo raro neste mundo globalizado. Além disso, a maioria prima pelo bom aspeto e atendimento simpático. Bem no centro, é possível comprar produtos alimentares e souvenirs na Zakladi (12) a Piranske Soline - na foto - (13) oferece sal esloveno para cozinhar mas também sob a forma de sabonetes e esfoliantes, além de chocolates com uma pitada (bem bons!); e a Zoofa 14 exibe vestuário criado por uma dúzia de designers locais.
História e arte
mgml.si
etno-muzej.si
mg-lj.si
O Museu da Cidade (15) relata a respetiva história desde 4500 a.C. (acolhe, por exemplo, a maior roda de madeira com eixo do mundo, datada de 3500 a.C.), permitindo saber mais sobre Emona, designação que lhe foi atribuída pelos romanos, mas também sobre os acontecimentos marcantes do século XX, como a Primeira Guerra Mundial e a independência da antiga Jugoslávia, em 1991. Conhecer as tradições do país passa por uma visita ao Museu Etnográfico. À entrada do Parque Tivoli, o Museu de Arte Moderna (16) apresenta obras dos principais artistas eslovenos.
Cultura alternativa
metelkovamesto.org
Instalações militares abandonadas foram ocupadas, em 1993, por centenas de artistas. Chegaram a receber ordens para deixar o espaço e até tiveram de o proteger colocando- se entre os edifícios e a maquinaria enviada para os destruir na calada da noite. Depois, o centro de cultura alternativa Metelkova Mesto ganhou reconhecimento, consta no mapa da cidade e o próprio Turismo divulga as suas atividades. A programação inclui exposições, concertos, teatro (inclusive para crianças) e muitos outros eventos que contam com a participação de artistas eslovenos e internacionais.
Deslocações
Chegar do aeroporto ao centro com transportes públicos custa pouco mais de 4€ mas a opção mais confortável é o transfere que o deixa à porta do hotel por
9€ (solicite-o na reserva) e bem mais barata do que o táxi, que ronda os 30€. O Ljubljana Card custa 23€ por24 horas ou 30€ para dois dias e dá acesso aos transportes públicos, ao funicular para o Castelo e ao barco turístico, inclui uso de bicicleta por quatro horas, visita guiada, wi-fi gratuito uma hora por dia e entradas nos museus e monumentos. Está disponível online e no Posto de Turismo.
Mais informações:
visitljubljana.com
Como ir
airfrance.pt
A Air France dispõe de voos para Liubliana, com escala em Paris. Preços desde 274€.
A iniciativa não é muito divulgada mas merece atenção: a Comissão Europeia nomeia, desde 2010, a Capital Verde da Europa, uma cidade que se distinga pelas suas boas práticas ambientais e que, por isso, deva servir de exemplo a todas as outras. O título foi este ano conquistado pela capital eslovena. E não surpreende: esta foi a primeira cidade a aderir à estratégia Lixo Zero (hoje recicla 99%), a qualidade da água de Liubliana é tão boa que o mapa turístico até assinala as fontes públicas, e três quartos da sua área são ocupados por florestas e parques. Só no Tivoli, com cerca de cinco quilómetros quadrados, não faltam estátuas, fontanários e até uma galeria de fotografias de grande formato ao ar livre, aberta durante todo o ano, quer caia neve ou faça sol.
A capital que é a miss Europa verde tem também transportes ecológicos. Disponibiliza bicicletas a preços simbólicos – são gratuitas na primeira hora e a segunda custa 1€ – e veículos elétricos, os Kavalir, prioritariamente destinados a pessoas com dificuldades de locomoção mas onde qualquer visitante se pode passear, gratuitamente, pelo centro histórico. Basta mandar parar um que circule desocupado ou pedir boleia, se houver lugar.
Bons petiscos, lojas especiais, esplanadas por todo o lado e a preços muitos acessíveis. O rio sempre à espreita e o verde mesmo ali ao pé. Não há como não se render ao charme tranquilo de Liubliana.
Exemplo ambiental a seguir, a capital da Eslovénia é igualmente prova de versatilidade. Com um centro relativamente pequeno – e plano, portanto facilmente explorável a pé – renova-se da manhã para a noite, oferecendo novos motivos de interesse: o mesmo cenário nas margens do rio Lubljanica, repleto de esplanadas que se enchem de gente ao entardecer, acolhe feiras de artesanato e as bancas do mercado de frescos dão lugar a petiscos locais cozinhados à vista do cliente. Melhor ainda, os preços são muito acessíveis: um copo de vinho na esplanada, à noite, custa apenas 1,5€.
Quem procura saber mais sobre história ou arquitetura também encontra aqui motivos de muito interesse. Preservando cuidadosamente os seus edifícios barrocos, a cidade promove com orgulho as múltiplas construções assinadas pelo arquiteto Jože Plečnik – até há visitas guiadas à Liubliana de Plečnik –, falecido em 1957 e que deixou igualmente o seu traço em capitais como Viena ou Praga.
Do património edificado aos espaços e iniciativas verdes, Liubliana seduz e a sedução também paira no ar: é uma cidade com muito «boa onda», contagiante e que faz mesmo querer voltar.