A 36.ª edição da Feira Internacional de Arte Contemporânea (ARCOMadrid), que teve a Argentina como país convidado, termina hoje, 26 de fevereiro, com mais de 100.000 visitantes registados, segundo a organização.
De acordo com o comunicado, esta edição da ARCO, que se realizou na capital espanhola, permitiu-lhe ganhar “peso e reconhecimento” no panorama internacional da arte contemporânea e confirmar-se como “referência chave” no mercado de arte em Espanha e “ponto de encontro e de intercâmbio entre e Europa e a América Latina”.
A ARCOMadrid foi inaugurada na quinta-feira passada pelos Reis de Espanha e pelo Presidente da Argentina, Mauricio Macri, que se fez acompanhar da sua mulher Juliana Awada.
No dia seguinte, a galerista de arte Juana de Aizpuru, responsável pela realização da primeira Feira Internacional de Arte Contemporânea de Madrid, em 1982, foi distinguida na capital espanhola com a Medalha de Mérito Cultural portuguesa. Trata-se do galardão mais importante em Portugal que se destina a reconhecer uma pessoa ou entidade pela sua dedicação ao longo do tempo a atividades de ação ou divulgação cultural. Foi entregue pelo ministro português da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, numa cerimónia à margem da edição deste ano.
Juana de Aizpuru foi a mentora da ARCOMadrid e, ao longo da sua vida, tem contribuído para a promoção e a divulgação da arte contemporânea no mundo.
A 36.ª edição da Feira Internacional de Arte Contemporânea contou com a participação de 13 galerias portuguesas, ultrapassando os números do ano passado.
No programa geral da feira estiveram presentes as galerias portuguesas 3+1 Arte Contemporânea, Baginski, Cristina Guerra, Contemporary Art, Filomena Soares, Graça Brandão, Pedro Cera, Vera Cortês, de Lisboa, Múrias Centeno e Quadrado Azul, que também têm sede no Porto, além da galeria Mário Sequeira, de Braga.
No programa Opening – dedicado a galerias criadas há menos de sete anos – participaram mais três galerias portuguesas: Kubik Gallery, do Porto, e os estreantes na ARCO, a Madragoa e a Pedro Alfacinha, de Lisboa.
Durante a ARCOMadrid foi igualmente feita a apresentação do projeto do escultor português José Pedro Croft, “Memória Incerta”, que constitui a representação oficial portuguesa na Bienal de Arte de Veneza, a decorrer na cidade italiana de 13 de maio a 26 de novembro, deste ano.
ARCOLisboa
A segunda edição da ARCOLisboa vai realizar-se nos próximos dias 18 a 21 de maio, na Cordoaria Nacional, em Lisboa, tendo o diretor da feira internacional de arte da capital espanhola, Carlos Urroz, dito à agência Lusa que vai ser “um sucesso ainda maior” do que em 2016.
Urroz assegurou que este ano haverá “mais galerias e um programa de atividades muito interessante”, sem revelar mais detalhes.
A primeira edição da ARCOLisboa, que decorreu de 26 a 29 de maio do ano passado, contou com mais de 12.800 visitantes e a presença de 45 galerias de oito países, 18 delas portuguesas, segundo a organização.
LUSA