Agarre no seu «amor», «bebé», «mais-que-tudo» (inserir petit-nom a gosto) e partilhe este artigo – a vossa próxima viagem a dois está algures por aqui. Escolham a que é a vossa cara e deem asas à paixão em novas latitudes.
Sugestões:
1. Nepal
Porta de entrada para os picos do mundo, o Nepal é um destino mágico que tem tudo para deslumbrar viajantes calejados e com espírito de aventura. Pouco recomendado a quem tem fobia de andar a pé e vivamente aconselhado a quem tem sede de novos horizontes, no Nepal tudo é monumental: os templos, os palácios, as praças, as montanhas, os lagos e a simpatia da gente da casa. Bhaktapura (antiga capital), Patan e Kathmandu são as joias da coroa do vale Kathmandu – Património Mundial classificado pela UNESCO em 1979 – e nem o fortíssimo terramoto de 2015 foi capaz de abalar a sua magia. A duzentos quilómetros de Kathmandu fica Lumbini que os estudiosos acreditam ser a terra natal de Buda.
Ver e fazer
Querem levar o vosso amor ao próximo patamar? Então aventurem-se no Circuito Annapurna, um trekking de longa distância por uma das montanhas mais altas dos Himalaias [o cume da montanha (8091 m) não está incluído no circuito]. O percurso já foi considerado o melhor trek de longa de distância
do mundo.
Trivia
Não fique pendurado na tradução. No Nepal, o abanar de cabeça que utilizamos para «não» pode querer dizer «sim», «bom», «OK» ou «entendido».
welcomenepal.com
2. Patagónia
Chile e Argentina têm a guarda partilhada de uma das regiões mais místicas, esmagadoras e inspiradoras do planeta. A Patagónia enfeitiçou Bruce Chatwin, Butch Cassidy e todos os que se aventuraram na sua imensidão. Com o pai Chile mora o imperdível Parque Natural Torres del Paine onde encontramos o glaciar Grey, uma série de lagos de um azul indecifrável e onde a mata é verde-esmeralda. Com a mãe Argentina moram, entre outros portentos, o Parque Natural Los Glaciares, o famoso glaciar Perito Moreno e a península Valdés, santuário de vida selvagem. Se um dia disse ao seu respetivo «contigo vou até ao fim do mundo», está na hora de levar a promessa à letra e atravessar a Patagónia até à Terra do Fogo.
Ver e fazer
A capital da Terra do Fogo, conhecida como Fim do Mundo, é Ushuaia, a cidade mais austral do planeta e último reduto antes do imenso manto branco que é a Antártida. Espreite o glaciar El Martial, conheça os cantos ao Parque Nacional Terra do Fogo e à ilha Martillo, onde as estrelas são os pinguins-de-magalhães.
Trivia
Foi o navegador português ao serviço de Espanha, Fernão de Magalhães, o homem da circum-navegação, quem deu o nome «patagones» aos habitantes destas paragens. Da alcunha nasceu o nome da região.
patagonia.gov.ar e patagonia-chile.com
3. Botswana
Se é de um safari que os pombinhos estão à procura, saibam que o Botswana tem dos (senão mesmo «os») melhores safaris do continente africano e a culpa é do delta do Okavango. Neste oásis do deserto de Kalahari encontram-se todos os big five (leões, rinocerontes, elefantes, leopardos e búfalos), bem como todow os outros figurantes do filme Rei Leão e uma impressionante variedade de aves lacustres. A parte mais romântica do safari é que, quando se está num glamping no meio da savana africana, são vários os motivos para dormir ainda mais aninhado, sendo o mais válido o medo de ser surpreendido por um leão em plena madrugada.
Ver e fazer
Várias empresas oferecem safaris na região e quase todas propõem outras emoções durante o percurso: passeios de barco, visitas a aldeias indígenas e à planície salgada de Makgadikgadi ou
até um pulo às magníficas cataratas Victoria no vizinho Zimbabwe.
Trivia
O Botswana é o maior produtor mundial de diamantes e utiliza a fatia de leão dessa indústria na educação (o ensino é gratuito, até aos 13 anos), na saúde e em estradas – uma exceção à regra africana.
botswanatourism.co.bw
4. Islândia
Vulcões acordados, géiseres que fazem cócegas às nuvens, auroras boreais aos pontapés e música estranhamente apaziguadora. Bem-vindo à Islândia. Prepare-se para abrir os cordões à bolsa e riscar uns quantos itens da lista de «coisas a fazer antes de morrer». Uma semana na ilha é quanto basta para ter um pé na placa tectónica norte-americana e outro na euro-asiática; passear em vulcões ativos cujos nomes dificilmente podem ser pronunciados por um estrangeiro (lembram-se do Eyjafjallajökull?) e para flutuar numa lagoa que parece colorida no Photoshop.
Ver e fazer
De outubro e abril, o objetivo da viagem deve ser caçar a aurora boreal, o que não invalida percorrer o sagrado Círculo Dourado – Parque Nacional de Thingvellir, catarata Gullfoss e
géiser Strokkor em Haukadaluré.
Trivia
Cerca de 85 por cento da energia provém de fontes renováveis.
visiticeland.com
Por Maria Ana Ventura – Fotografias Direitos Reservados