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Esta é a verdade sobre a comida a bordo dos aviões

Veja as fotografias e descubra nos 10 slides seguintes curiosidades sobre o maravilhoso mundo dos aviões, clicando nas setas. [Imagem: Shutterstock/D.R]
1. Raio que os parta Os aviões foram projetados para serem atingidos por raios. Pelo menos uma vez por ano isso acontece a cada aeronave ou uma vez em cada mil horas de voo. Isso não é sinónimo de acidente, já que desde 1963 não cai um avião por isso.
2. Lugar seguro Não existem provas de que um determinado lugar a bordo seja o mais seguro, mas um estudo da revista Time aponta para que os assentos do meio da parte traseira da aeronave sejam aqueles com menor taxa de fatalidade em caso de acidente.
3. Quartos privados Nos voos de longa duração a tripulação pode ter de trabalhar até 16 horas consecutivas. Para permitir algum tempo de descanso, aviões como o Boeing 777 ou 787 Dreamliner possuem pequenos quartos acessíveis por uma escada. Cada quarto pode ter entre seis e dez camas.
4. Grande pneu Sabia que o pneu do trem de aterragem de um avião pode aguentar até 38 toneladas de peso e tocar no chão a mais de 270 quilómetros por hora? É verdade. E só precisam ser verificados a cada 500 utilizações.
5. O mistério das luzes Sabe por que razão as luzes da cabina baixam de intensidade quando, à noite, o momento da aterragem se aproxima? É para que, no caso de alguma coisa correr menos bem, a visão dos passageiros esteja habituada à falta de luz no exterior.
6. Um motor chega Não é a melhor opção, mas um motor é mais do que suficiente para um avião voar. Especialistas da revista de ciência Popular Mechanics garantem que qualquer avião comercial está preparado para essa eventualidade e foram testados nessas condições.
7. Cinzeiro no WC A proibição de fumar a bordo dos aviões não é coisa recente. Desde a década de 1990 que é assim, mas as casas de banho continuam a ter cinzeiros. Estranho? Nem por isso. As companhias aéreas sabem que há sempre alguém que vai prevaricar, por isso mais vale ter um cinzeiro do que o fumador atirar a beata para o cesto e causar um incêndio.
8. Um furo na janela Quem já encostou a cabeça à janela de um avião para ver a paisagem deve ter reparado num pequeno orifício na base da mesma. Existe para regular a pressão da cabina. A maior parte das janelas são compostas por três painéis em acrílico. O exterior protege-nos dos elementos e mantém a pressão; o segundo funciona como segurança para o caso de o primeiro se partir; o terceiro tem o tal furo para que a pressão não danifique o acrílico do meio.
9. O sabor da comida a bordo O sabor dos produtos servidos a bordo de um avião é alterado pelo ambiente em redor. Quem o diz é um estudo de 2015 da Universidade de Cornell. Os doces sabem menos doce e os salgados mais salgado. O ar seco e reciclado na cabina faz também que a comida pareça mais seca e sem sabor.
10. A famosa máscara de oxigénio Em caso de despressurização da cabina as máscaras de oxigénio caem do teto. Não é mentira, mas as máscaras só têm capacidade para 15 minutos de oxigénio. Não se assuste, esse tempo deverá ser suficiente para o avião descer até uma altitude em que as máscaras deixem de ser necessárias.

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A menos que tenha sorte – e dinheiro – para viajar em primeira classe, a maioria das pessoas não espera uma boa refeição durante um voo. Mas por que razão não gostamos da comida dos aviões?

Segundo uma assistente de bordo que trabalhou em cinco companhias aéreas, além de não ser saborosa e de não ter o melhor aspeto do mundo, a comida servida nos aviões não é saudável. «A comida que lhe é apresentada no tabuleiro não é preparada a bordo dos aviões, mas sim numa cozinha industrial. Por isso, muitas vezes os pratos são feitos 12 horas – ou mesmo dias – antes da partida», afirma a assistente de bordo Shreyas P ao Refinery 29.

«Os ovos mexidos ou a omelete que acabou de comer não eram feitos apenas de ovo, mas poderiam ser uma mistura de ovo com um aditivo», alerta Shreyas. «E a salada de frutas não está com um ar maravilhoso e fresco por ter sido acabada de fazer e de cortar – pelo contrário, não se esqueça de que foi preparada horas antes da hora de partida. Já imaginou se deixasse uma peça de fruta em pedaços durante horas? O aspeto não seria o melhor, com certeza.»

«Nunca vou comer a comida servida nos aviões», disse Gordon Ramsay ao Refinery 29. Trabalhei para as companhias aéreas durante 10 anos, por isso sei por onde esta comida andou, para onde vai, e quanto tempo demora até entrar no avião e ser servida».

«As refeições são confecionadas com antecedência e são depois colocadas em prateleiras durante longas horas», disse Charles Spence, professor de psicologia experimental na Universidade de Oxford, à revista Time. «Depois, são aquecidas em condições menos ideais, o que contribui para que não saibam propriamente bem». A comida de avião é preparada com um método semelhante ao da fast food. No entanto, «a tripulação tem de entregar as refeições a um grande número de pessoas, num tempo inferior ao dos estabelecimentos de comida pronta», conclui Guillaume de Syon, professor da Albright College, nos Estados Unidos.

Como as companhias aéreas servem centenas de pessoas ao mesmo tempo, fazem o possível por evitar que a comida seque e arrefeça. Isso significa refeições cheias de molho. «As companhias aéreas sabem que a comida ficaria seca e fria enquanto servissem 250 passageiros», disse Guillaume de Syon. «A solução? Mergulhe tudo num molho ou num caldo. Resolve os dois problemas».

Além de fazer com que os ouvidos doam e fiquem como que entupidos, a pressão do ar dos aviões faz com que as nossas papilas gustativas e nosso olfato fiquem adormecidos, se compararmos com o que sucede em terra. Isto causa um grande impacto na forma como os alimentos nos sabem e nos cheiram. É por isso que a comida leva sempre muitas especiarias, sais e gorduras, de modo a que tudo saiba melhor.

Shreyas P. disse que esta é uma das razões pelas quais a tripulação prefere levar a sua própria comida quando vai de viagem. «Um passageiro que traz a sua própria comida é muito mais consciencioso», afirma.

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