Veja as fotografias e conheça 15 cidades em Itália que nunca pensou visitar mas deveria, clicando nas setas.
[Imagens: Shutterstock/D.R]
1. Bergamo
Ignorada por muitos viajantes que preferem a cidade vizinha de Milão, Bergamo é considerada «a melhor cidade de montanha» da região da Lombardia. A sua Piazza Vecchia é «uma das mais bonitas» de Itália. É uma cidade rodeada por muralhas, com pequenas ruas encantadoras onde pode parar para comer um «gelato». É também o ponto de partida perfeito para explorar os campos da região e os lagos italianos.
2. Ferrara
Ao contrário de outras cidades italianas, Ferrara ainda não foi invadida pelas multidões de turistas. Governada durante muitos séculos pela família d'Este, tem um bairro medieval incrivelmente preservado, ao lado de um outro renascentista. A divisão é marcada por um edifício ostensivo.
3. Lucca
É o segredo mais bem guardado da Toscana. Dentro das suas majestosas muralhas, o coração romano e medieval desta cidade é uma mistura de praças, pequenas igrejas, galerias de arte e ruas estreitas. É um mistério a razão pela qual mais pessoas não visitam esta pequena mas bela cidade.
4. Mântua
A maneira ideal de chegar a Mântua - Mantova, em italiano - é através do rio Mincio, desde o Lago di Garda. Rodeada de água, onde o rio Mincio se expande em três lagos, Mântua é uma jóia do Renascimento; uma «mini Florença», rica em arte. Se Florença tinha os Medici, Mântua tinha os Gonzaga. A dinastia governou a cidade durante mais de 300 anos, a partir do século XIV.
5. Matera
Há cinquenta anos, Matera, no sul de Itália, era uma das cidades mais pobres da Europa Ocidental, com cerca de 20 mil pessoas amontoadas pela ravina abaixo em "sassi", antigas habitações muito pobres, feitas nas grutas da ravina. Acabadas nos anos 1960, permaneceram abandonadas até há pouco tempo, quando perto de 2 mil pessoas regressaram à zona, juntamente com cafés, galerias, restaurantes e, acima de tudo, hotéis. Mas mesmo sem as «sassi» - que a UNESCO descreve como «o exemplo mais notável de uma construção feita pelos homens das cavernas no Mediterrâneo» -, o resto da cidade é um lugar maravilhoso para visitar. Uma cidade medieval com pequenas ruas, praças e uma vista deslumbrante.
6. Parma
Uma cidade elegante no norte da Itália, conhecida pela sua arte, música e gastronomia. É um lugar que transmite calma e que parece ter saído de um filme antigo, conhecido pelo «prosciutto di Parma» (presunto), queijo parmesão, vinagre balsâmico e tortelli. É uma cidade em que a comida é cultura e a cultura é comida.
7. Pisa
Galileu Galilei, o pai da ciência moderna, não é o único pensador famoso com fortes ligações a Pisa. Desde a era dourada do século IX ao século XIII, a cidade foi um santuário para artistas, escritores e poetas - e não perdeu o seu charme até aos dias de hoje.
8. Ravenna
Os mosaicos bizantinos de Ravenna, nomeados pela UNESCO, estão entre as maravilhas da Itália. E são ainda mais deslumbrantes quando estão iluminados à noite. Durante a temporada do «Mosaico di Notte» (final de junho a início de setembro), quatro dos principais monumentos da cidade, do século VI ao século VIII, incluindo San Vitale e o Mausoléu de Galla Placidia, estão abertos para visitas guiadas nas noites de terça e sexta-feira, das 21 às 23 horas. Durante a festa de Sant'Apollinare, santo padroeiro da cidade, Ravenna, no norte de Itália, ganha vida com concertos, bancas de rua, fogos de artifício e espetáculos de luz e som.
9. Siena
Siena é de uma beleza inigualável. No «Campo» - a sua «piazza» central - possui a praça medieval mais bonita da Europa, cenário da corrida de cavalos Palio, o espetáculo histórico mais dramático da Itália. A sua catedral é uma das mais belas do país, e a arte das suas muitas igrejas, galerias e museus mantê-lo-ia ocupado durante semanas. Acima de tudo, a cidade é um lugar intimista - um lugar «alla misura dell'uomo», ou «feito à medida do homem».
10. Trieste
O porto italiano de Trieste tem uma vida e história fascinantes, e serve, provavelmente, o melhor café do país. Os «Triestini» abraçam a vida com uma paixão contagiante. É uma cidade de fronteira, ocupada durante longos anos, tendo regressado finalmente a Itália em 1954. A consequência é uma mistura de influências arquitetónicas e étnicas - há igrejas ortodoxas sérvias, ortodoxas gregas e evangelistas helvéticas, enquanto a sinagoga da cidade é uma das maiores da Europa.
11. Vicenza
Quase sempre negligenciada a favor da vizinha Veneza, Vicenza trabalha arduamente para atrair visitantes. Mas a cidade pequena, quase toda construída nas planícies da região do Veneto, no norte da Itália, é um destino maravilhoso por si próprio. Tem uma arquitetura neoclássica, hotéis elegantes e excelentes restaurantes regionais.
12. Verona
Verona afirma ter mais ruínas romanas do que qualquer outra cidade italiana - para além de Roma. A maioria das suas ruas e muitos dos seus edifícios incorporam os majestosos vestígios de muros, estradas e moradias antigas. A pequena cidade foi palco da trágica história de amor de «Romeu e Julieta». Imortalizada por Shakspeare, Verona foi nomeada «Património Mundial».
13. Treviso
Treviso é descrita pelos poetas como uma «città cortese» (cidade delicada), pela sua atmosfera calma e pacífica, que levou os aristocratas venezianos do século XVIII a escolherem a área de Treviso como o seu local de férias ideal. Muitos dos voos que vão para Veneza aterram em Treviso, a cerca de 32 quilómetros da cidade das pontes. O centro de Treviso é rodeado por muralhas, com portas medievais, ruas estreitas e pequenos canais.
14. Brescia
É uma antiga cidade com impressionantes relíquias romanas, praças renascentistas e um centro medieval. A cidade é famosa pela sua corrida de carros «Mille Miglia», que acontece em maio, quando automóveis clássicos viajam até Roma e voltam.
15. Udine
Uma das cidades mais importantes do antigo estado República de Veneza é hoje o lar de grandes obras arquitetónicas e galerias que exibem inúmeras obras do pintor italiano Giambattista Tiepolo. A localidade fez parte do Império austríaco entre 1797 e 1866, sendo possível sentir ainda a presença dos Habsburgos na sofisticada sociedade de cafés de Udine. O centro é pequeno, limpo e organizado - mais uma vez graças à presença austríaca -, com várias praças pequenas e um grande número de padarias e lojas de vendedores de postais.
Falar com as mãos, fazer um «riposino» e tomar um «aperitivo» – saiba o que fazer para conseguir aproveitar Itália como um verdadeiro italiano.
Já alguma vez sentiu que o trataram de forma diferente por ser um turista? Em muitos países, os turistas são tratados de forma especial em relação aos seus habitantes. Mas se começar a adotar os costumes locais, poderá ter uma experiência mais autêntica e uma melhor compreensão da cultura de cada lugar.
Itália está no topo da lista de países a visitar e é fácil perceber as razões: além de ser bonita, está repleta de história, arte, arquitetura, praias, boa comida e excelente vinho. Já imaginou o que seria experimentar o verdadeiro modo de vida italiano? Fazer uma roadtrip também é uma excelente forma de conhecer um país: conheça estas 6 viagens em Itália, para percorrer ao volante.
Monica Houghton, colaboradora da revista Forbes, falou com Greta Omoboni, uma italiana educada entre Milão e a Sardenha. Greta é uma millennial que oferece conselhos de viagem no seu blogue Greta’s Travels, que tem artigos sobre o que fazer um pouco por toda a Itália, desde Veneza a Milão, a Toscana, Roma mais a sul, entre outros lugares maravilhosos
Monica pediu a Greta para partilhar dicas importantes para se viajar em Itália como um verdadeiro italiano:
Cumprimente todas as pessoas com dois beijinhos, mas vire a cabeça para o lado direito. Contrariamente ao que acontece em Portugal, em que as pessoas dão a face direita e viram a cabeça para o lado esquerdo, os italianos oferecem a face esquerda primeiro.
Não peça um cappuccino depois das 11h. Em Itália, o café é muito bom. Por isso, evite o cappuccino depois da hora do almoço (não vão as pessoas pensar que teve uma noitada e acabou de acordar).
Desfrute de um «riposino» ao início da tarde. Muitos estrangeiros acham estranho que as lojas fechem à hora do almoço. Esta é uma realidade que acontece em Itália (e em Espanha, com a sua siesta), especialmente no verão. O calor sufocante do início da tarde faz com que as pessoas se escondam do sol durante as horas mais quentes do dia. Por isso, faça como o verdadeiro italiano e desfrute de um «riposino», fazendo as suas compras depois das 15h.
Não adicione molhos (como ketchup e maionese) às massas ou pizzas. Nunca cometa esse erro típico dos americanos e ingleses. O Ketchup é aceitável num hambúrguer ou nas batatas fritas, mas se o colocar nas massas ou nas pizzas (parece ser agora moda, nas pizzas americanas, adicionar maionese de ervas e alho) vai ser olhado de lado.
Comece o dia com um pequeno-almoço doce. O pequeno-almoço típico italiano, quer seja servido em casa ou num café, consiste em alimentos doces, como biscotti (biscoitos), cornetti (espécie de croissant), pane con cioccolata (pão com chocolate) ou marmellata (marmelada), iogurtes, cereais e pasticcini (bolinhos), acompanhados de um café (com ou sem leite), de um cappuccino ou chá.
Arranje-se. Em Itália não chega uma t-shirt, umas calças ou calções e um par de chinelos de dedo. Os italianos gostam de se vestir bem – e isto não é apenas um estereótipo. Claro que há muitas pessoas que não têm bom gosto ou não se preocupam com a moda, mas a maioria dos italianos é vaidosa e liga à aparência. Por isso, na sua próxima viagem a Itália, aproveite para usar aquele vestido novo que ainda não estreou ou os óculos de sol que tanto adora.
Não visite o país no verão. É a pior altura para o fazer – nem os próprios italianos gostam de estar em Itália (principalmente nas grandes cidades) durante o verão. Com as férias escolares e o clima agradável, turistas de todo o mundo visitam Itália, fazendo com que os preços disparem. Se visitar uma cidade como Roma ou Milão, o calor combinado com as multidões tornarão a experiência particularmente desagradável. Por isso, opte pela primavera ou pelo outono, quando o clima é ameno, os preços são mais baixos e os lugares não estão repletos de multidões.
Não fique parado em filas.Os italianos têm uma maneira especial de fazer fila – aliás, tentam evitá-las sempre que possível. Ou seja, há filas informais em todos os lugares onde for – quer seja para comprar um bilhete para um museu ou cinema, para pedir num café ou quando espera para entrar no avião. Em vez de uma linha vertical, há apenas uma multidão desordenada. Isso é normal em Itália.
Aproveite o estilo de vida italiano com um «aperitivo».Os italianos adoram comer. É um facto – e contra factos não há argumentos. E, já que três refeições por dia não são suficientes para desfrutar de toda a deliciosa cozinha, os italianos decidiram adicionar uma outra refeição entre o almoço e o jantar; equivale ao nosso lanche, mas é bem mais glorioso. É o «aperitivo», bebida acompanhada de alguns petiscos. Normalmente, os italianos encontram-se para um aperitivo entre as 17h e as 20h – o mais comum é o Aperol Spritz ou o Martini Bianco.
Pare e fale com as pessoas. Em Itália, ninguém está com pressa. Independentemente dos compromissos que possa ter, se encontrar alguém que conhece no meio da rua, é obrigatório parar para conversar. Sim, pode estar atrasado para uma reserva no restaurante, mas conversar com os habitantes locais é importante para perceber melhor o seu estilo de vida. Seja educado quando alguém diz «ciao» e lembre-se da frase «buona giornata», que significa «tenha um bom dia» quando disser «arrivederci».
Beba apenas água, vinho ou cerveja a acompanhar as refeições. Seja em casa ou num restaurante, as bebidas mais comuns são sempre água, cerveja ou vinho. A maioria dos restaurantes não serve grandes cocktails (como agora é moda em Portugal). As crianças podem beber refrigerantes ou sumos, mas os adultos devem ficar pelo vinho ou cerveja (ou se não quiser uma bebida alcoólica, pela água natural ou com gás) para apreciar melhor o sabor da comida.
Aproveite o tempo e faça as coisas depois. Tudo acontece mais tarde em Itália. É costume acordar, almoçar e jantar tarde e, consequentemente, ir dormir mais tarde. Por isso, aproveite para explorar os locais sem grandes pressas e sem se preocupar com as horas a que os restaurantes fecham.
Fale com as mãos. Mais uma vez, não é apenas um estereótipo. Os italianos gesticulam muito enquanto conversam e nem se apercebem que o fazem. Experimente colocar alguns gestos no seu discurso.
Tome o seu café ao balcão. Se pedir o café ao balcão, é mais barato (no máximo paga 1,50 euros). No entanto, se se sentar numa mesa, ser-lhe-á cobrado o custo do serviço. Em locais emblemáticos e turísticos, como a Piazza del Duomo, em Milão, ou Piazza San Marco, em Veneza, um café pode mesmo ultrapassar os 5 euros.