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Cidades que vão ser quentes demais para se visitar em 2050

Cidades que vão ser quentes demais para se visitar em 2050

Tiago Constantino

06/01/2020

Veja as fotografias das cidades que vão ser quentes demais para os turistas visitarem em 2050, clicando nas setas. [Imagens: Shutterstock]

1. Tel Aviv, Israel O aumento das temperaturas vai afetar especialmente a zona do Médio Oriente, colocando Tel Aviv entre uma das mais atingidas. Com as alterações climáticas, em 2050, poderá ser impossível passar uma tarde ao sol nas praias ou visitar a Cidade Velha de Jaffa.

2. Havana, Cuba Havana é uma cidade parada no tempo. A arquitetura colonial e os carros clássicos parecem saídos de outra era. E apesar de a maioria dos hotéis terem ar condicionado, muitos locais e atrações turísticas não têm. O destino, que já por si é bastante quente, pode começar a ser invadido por ondas de calor ainda mais intensas e tornar-se insuportável de visitar em 2050.

3. Seoul, Coreia do Sul Esta metrópole conta com cerca de 10 milhões de habitantes e é uma das cidades mais visitadas da Coreia do Sul. Oferece um pouco de tudo aos viajantes – spas, centros comerciais, parques naturais e palácios históricos. Mas de acordo com o C40 é também uma das que se encontra em maior risco – as intensas ondas de calor são mais comuns e o clima é cada vez mais seco.

4. Cancún, México As alterações climáticas podem trazer sérias complicações ao Golfo do México. Uma das maiores barreiras de corais do mundo, a Barreira da Mesoamérica, pode ser afetada pelo aumento da temperatura da água e transformar-se num autêntico deserto marinho. Enquanto for possível, não deixe de praticar mergulho ou snorkeling nestas águas azuis-turquesa.

5. Los Angeles, Califórnia, EUA A icónica Cidade dos Anjos é um destino onde os viajantes encontram um pouco de tudo para fazer. Depois, é claro, há sempre Hollywood. Mas a cidade é cada vez mais afetada pelas alterações climáticas e consequentemente por ondas de calor intensas, tornando o clima mais quente e seco. Em 2018 deflagraram o maior número de incêndios florestais na Califórnia desde que existe registo.

6. Cidade do Kuwait, Kuwait Em julho, os termómetros rondam os 37º Celsius e não é surpreendente que esta cidade se torne uma das mais quentes em 2050. A Cidade do Kuwait é reconhecida pelos seus centros comerciais e galerias de arte, com ótima refrigeração, mas isto significa perder uma parte significativa da beleza natural do país. Explore a Corniche da Cidade do Kuwait, um caminho pedestre com 10 quilómetros pela arquitetura, cultura e gastronomia local.

7. Tunes, Tunísia Dados alguns aspetos políticos, muitos viajantes não olham para Tunes como um destino turístico. Mas esta cidade é um verdadeiro tesouro – um local à beira do Mediterrâneo onde a cultural ocidental se mistura com a oriental. É também lar das lendárias ruínas de Cartago, um ponto turístico com pouca proteção do sol. Aqui, quando as temperaturas atingem os picos máximos – 35º graus – a visita torna-se quase impossível de fazer.

8. Madrid, Espanha A capital espanhola é mundialmente reconhecida pela arquitetura, história, cultura e uma noite que tende em não terminar. E, é claro, sem nunca esquecer as famosas tapas. Madrid é um dos destinos europeus mais visitados, mas também um dos mais quentes e secos. A cidade tem feito esforços para combater as alterações climáticas com a construção de terraços ecológicos e jardins verticais, mas não há garantia que estas ações tenham qualquer impacto na diminuição das temperaturas.

9. Xangai, China Na maior cidade da China há opções gastronómicas invejáveis, lojas únicas e incríveis arranha-céus. Infelizmente, Xangai é também conhecida pela grande poluição do ar, um problema que só vai piorando com o aumento das temperaturas globais. As alterações climáticas afetam também os padrões dos ventos e, em 2050, a intensa poluição do ar pode tornar impossível explorar a cidade.

10. Colombo, Sri Lanka A principal cidade do Sri Lanka é um ponto de passagem para qualquer viajante que queira descobrir a Ásia. Foi ocupada por portugueses, holandeses e britânicos, e é um grande exemplo da arquitetura colonial. As praias de Colombo são ideais para quem gosta de ter espaço para esticar a toalha, mas com a subida das temperaturas e o aumento dos visitantes, isto pode tornar-se difícil.

11. Atenas, Grécia Os viajantes são atraídos por esta cidade há mais de 5 mil anos. Atenas é um verdadeiro museu a céu aberto e está repleta de monumentos históricos, como o exemplo da Acrópole. E, sem dúvida, a melhor maneira de a explorar é a pé. Mas de acordo com as cidades C40 isto pode ser um pouco difícil de fazer. Com o aumento das temperaturas, Atenas pode ser atingida por grandes ondas de calor e dias extremos. Não atrase a sua visita ao local mais elevado da cidade, o Monte Licabeto.

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Foram reveladas as cidades que mais vão ser afetadas pelas alterações climáticas em 2050. E as altas temperaturas vão impedir que explore cada recanto destas cidades. Descubra-as na fotogaleria.

Os efeitos das alterações climáticas são cada vez mais visíveis e continuam a levar os termómetros ao máximo. Durante 2018, e pelo quarto ano consecutivo, as temperaturas máximas atingiram valores históricos em diversas regiões do globo.

O grupo de cidades mundiais que combate as mudanças climáticas, C40 Cities Climate Leadership Group, revelou que cerca de 350 grandes metrópoles são afetadas por temperaturas superiores a 35º Celsius, ao longo de três ou mais meses. Mas em 2050 é previsto que este número alcance por volta de 970 cidades.

De acordo com grupo C40, as cidades podem se adaptar ao melhorar os parques naturais, os lagos e as infraestruturas, mas também ao fornecer locais para os viajantes descansarem à sombra e se refrescarem. Sem nunca esquecer os planos de ação contra as ondas de calor.

E entre as mais afetadas pelas alterações climáticas, encontra algumas das cidades mais visitados pelos turistas. Não perca a oportunidade de explorar uma destas metrópoles antes que as alterações climáticas as tornem demasiado quentes. Descubra quais são na fotogaleria acima.

Imagem de destaque: Shutterstock/D.R

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