Veja as fotografias e conheça estas 15 mulheres aventureiras e as suas histórias, clicando nas setas.
[Imagem: D.R]
Amelia Earhart (1897-1937)
Foi a primeira mulher-piloto a cruzar o oceano Atlântico e a chegar aos 14 mil pés. Esta norte-americana, pioneira da Aviação, tornou-se uma figura bem conhecida a nível mundial e a curiosidade e reverência em relação a si só podia aumentar a 20 de maio de 1932, quando descolou da Terra Nova e aterrou 15 horas depois na Irlanda do Norte – estava atravessado o Atlântico. Desapareceu no Pacífico em 1937, quando tentava completar uma volta ao mundo. Dois anos depois foi declarada morta, mas por essa altura já se tinha tornado um ícone para mulheres e homens.
[Imagem: Getty Images]
Annie Londonderry (1870 - 1947)
Esta letã emigrada nos EUA quebrou todas as barreiras do seu tempo. Entre 1894 e 1895 deu a volta ao mundo em bicicleta, saindo de Boston, numa viagem que foi apelidada à época como a "mais extraordinária odisseia alguma vez levada a cabo por uma mulher." Era um espírito livre, uma empresária, atleta e viajante que deixou marido e três filhos durante 15 meses para completar o seu objetivo e mostrar que podia ser muito mais do que apenas uma esposa.
[Imagem: D.R]
Freya Stark (1893 – 1993)
Conheceu o Médio Oriente como poucos. Falava sete línguas, escreveu sobre viagens em locais inóspitos como o Líbano em 1927 ou o Iémen na década de 1940. Ia quase sempre sozinha e dessas viagens trouxe histórias épicas e desconhecidas. Morreu aos 100 anos em Itália, sendo referida como a "Rainha Nómada".
[Imagem: Getty Images]
Gertrude Bell (1868 – 1926)
Chamaram-lhe Lawrence da Arábia no feminino, mas não deixa de ser redutor, tal o impacto que Gertrude teve na história do Império Britânico. Foi escritora, viajante, montanhista, administradora, política e arqueóloga. Explorou e cartografou áreas como a Síria, a Mesopotâmia, Ásia Menor e península arábica, tendo um papel fundamental na história contemporânea da Jordânia e do Iraque.
[Imagem: Gertrude Bell Archive, Newcastle University]
Gudrid Thorbjarnardottir (980-?)
Esta nórdica nascida na atual Islândia era conhecida pelas suas capacidades no campo de batalha e pelos feitos alcançados além-mar. Viveu no século X e foi uma das primeiras visitantes europeias daquilo que hoje conhecemos como América do Norte. Por lá deu à luz a primeira criança europeia no Novo Mundo, mas teve que regressar ao Velho Continente quando as relações com os habitantes locais azedaram. Os vikings ganharam uma das batalhas mas retiraram para a atual Gronelândia onde Gudrid acabaria por se converter ao Cristianismo. Chegou a conhecer o Papa e a contar-lhe as suas aventuras. Isto quase 500 anos antes de Cristóvão Colombo "descobrir" a América.
[Imagem: Getty Images]
Hanli Prinsloo (1979- )
Sul-africana, conferencista, mergulhadora em apneia, defensora dos oceanos. Hanli tem 40 anos e é o rosto da fundação I Am Water, dedicada à proteção dos mares. Competiu como mergulhadora, bateu 11 recordes da África do Sul, tem a capacidade de suster a repetição durante seis minutos, mergulha de uma penada até aos 65 metros e as suas fotografias com tubarões e baleias já correram mundo. Tal como ela, que viaja frequentemente de barco em vez de avião, usa transportes públicos e já esteve um pouco por toda a parte a espalhar a sua mensagem.
[Imagem: Getty Images]
Harriet Chalmers Adams (1875-1937)
Quando casou, decidiu adiar a lua-de-mel até ter dinheiro para fazer uma grande viagem, o que aconteceu quando o marido foi convidado para trabalhar na América do Sul. Harriet não só o acompanhou como aprendeu fotografia e passou a escrever relatos das suas viagens. Tornou-se correspondente de guerra e, quando foi recusada pela Sociedade de Geografia (por ser mulher), criou a Sociedade de Mulheres Geógrafas.
[Imagem: D.R]
Hester Stanhope (1776 - 1839)
Mais do que uma socialite britânica, foi uma aventureira e viajante. A sua expedição de 1815 é considerada a primeira escavação arqueológica na Terra Santa. A utilização que deu a documentos medievais italianos é tida como um dos primeiros recursos a fontes escritas por parte de arqueólogos. Foi próxima de Lord Byron, percorreu Egito e Turquia e deixou a sua marca.
[Imagem: Getty Images]
Ida Pfeiffer (1797-1858)
Ser mulher afastou-a da Sociedade Geográfica Real de Londres, mas a austríaca Ida não se deixou vencer e tornou-se uma das viajantes mais conhecida do mundo. Viajava quase sempre sozinha, publicou o primeiro livro de viagens em 1846 e continuou a percorrer o planeta no século XIX, da Islândia ao Bornéu. Os livros foram traduzidos em sete idiomas e entrou para as sociedades de Geografia de Paris e Berlim.
[Imagem: Getty Images]
Jane Goodall (1934 - )
É a mais mediática primatologista da História e mudou a nossa forma de olhar para os primatas. Depois de décadas no terreno, é uma das conferencistas mais requisitadas do planeta. Nessas aparições não fala apenas dos chimpanzés que a tornaram conhecida e que lhe mudaram a vida, mas também daquilo que cada um de nós pode fazer por um mundo melhor, em harmonia com os nossos primos animais.
[Imagem: D.R]
Jeanne Baré (1740-1807)
É apontada como a primeira mulher a circumnavegar a Terra. Botânica e marinheira, teve de se disfarçar de homem para viver a aventura ao lado do seu mais-que-tudo, o naturalista Philibert de Commerçon, que fazia parte da expedição de Louis Antoine de Bougainville, a bordo do navio Étoile. Durante dois anos Jeanne conseguiu esconder a sua identidade dos restantes 116 tripulantes. No Brasil foi ela quem identificou a flor que viria a levar o nome do comandante, a Buganvília. Foi distinguida pela Marinha francesa e morreu em França aos 67 anos.
[Imagem: Getty Images]
Karen Blixen (1885 - 1962)
Teve uma quinta em África e as suas palavras tornaram-se um ícone do cinema, em Out of Africa – África Minha. O filme com Meryl Streep e Robert Redford foi inspirado na história de vida desta dinamarquesa que casou com um primo sueco e se mudou para o Quénia. Foi nomeada para um Prémio Nobel da Literatura, mas perdeu. O vencedor, Ernest Hemmingway, sugeriu que Karen deveria ter sido a vencedora.
[Imagem: D.R]
Laura Dekker (1995- )
Esta marinheira holandesa tem hoje 24 anos, mas aos 14 tornou-se a pessoa mais nova a velejar à volta do mundo em solitário. Não foi fácil e o concretizar do objetivo levou-a a lutar por esse direito em tribunal, requerendo uma autorizaçãoe special. A viagem iniciou-se em 2010 durou 16 meses, teve cinco paragens e tiradas diretas de quase sete semanas. De Gibraltar foram 518 dias sozinha a bordo do Guppy, a embarcação onde teve tempo para estudar, aprender flauta e escrever um blogue.
[Imagem: Getty Images]
Nellie Bly (1864 – 1922)
Nasceu Elizabetg Cochran Seaman, mas Nellie Bly colou-se-lhe à pele. Esta norte-americana foi jornalista, industrial, inventora, trabalhadora social e ficou conhecida por desafiar os 80 dias de Júlio Verne. Completou a volta ao mundo em 72 dias, viajando de riquexó, mula, a pé, barco e tudo o que fosse possível. Marcou também o seu percurso no jornalismo de investigação ao internar-se num hospital psiquiátrico para dar conta dos abusos aí sofridos pelos pacientes.
[Imagem: D.R]
Valentina Tereshkova (1937 - )
A primeira mulher no espaço. Foi em 1963 e Valentina tinha apenas 26 anos. Tornou-se um dos rostos da União Soviética (que já tinha em Iuri Gagarine o primeiro homem no espaço) quando orbitou 48 vezes o planeta durante os três dias da missão. Foi primeiro onde nenhuma outra mulher (e pouquíssimos homens) estivera e hoje tem uma tranquila carreira de deputada na Rússia.
[Imagem: Getty Images]
Sempre sonhou viajar sozinha pelo mundo? Ou conhece alguém que gostaria de o fazer? Participe neste concurso organizado pela agência de viagens TourRadar e ganhe créditos no valor de 1.820 euros.
Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, e homenagear as mulheres que viajam sozinhas, a agência TourRadar acaba de lançar uma campanha singular. Desta vez, o que está em cima da mesa é a oferta, a mais uma mulher, da possibilidade de viajar sozinha para qualquer parte do mundo.
Mais de 30% das reservas da TourRadar são feitas por mulheres que adoram viajar sozinhas e, segundo a diretora de parcerias da TourRadar, Iris Serbanescu, é espectável que este concurso «inspire mais mulheres a arriscar e a tentar viajar a solo pela primeira vez.»
Serbanescu afirmou ainda que a forma mais fácil e segura de o fazer «é reservar uma excursão de vários dias», ainda que através de plataformas como o TourRadar seja possível conectar «os viajantes com guias experientes que falam o idioma local e cujo trabalho é garantir uma experiência incrível enquanto se mantêm seguros.»
Para participar neste concurso só precisa de preencher um formulário online, fazer um vídeo de um minuto ou um texto de 250 palavras no qual se apresente e explique o motivo pelo qual é tão importante para si, ou para a pessoa que está a inscrever, viajar a solo pelo mundo. Todas as inscritas têm de ter entre 18 e 65 anos e de enviar a sua participação até 5 de março. A vencedora será anunciada no Dia Internacional da Mulher, 8 de março. Boa sorte!