Limitações orçamentais estão na base da suspensão temporária dos projetos (Foto: Pixabay)

Cinco projetos cabo-verdianos de candidatura a património da UNESCO vão ficar suspensos em 2021 devido à falta de financiamento.

O Governo de Cabo Verde justificou a decisão com a recusa do Parlamento à proposta de aumento do limite do endividamento público.

Os cortes abrangem cinco candidaturas. O ex-campo de concentração do Tarrafal, na ilha de Santiago, cuja obra de reabilitação está na fase final, e ainda da vila de Nova Sintra (ilha Brava) e da cidade de São Filipe (ilha do Fogo), as três a Património da Humanidade. Ficam igualmente suspensos os projetos de candidatura da Tabanca (género musical) e das Festas de São João (que se realizam em vários pontos do arquipélago) a Património Cultural Imaterial.

Segundo o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, aquele setor vai contar com um “corte orçamental”, que não estava previsto até agora, de 112 milhões de escudos (um milhão de euros) em 2021, pelo que a prioridade será “focar na conclusão de projetos que já estavam em curso e em fase final.”

“O Governo de Cabo Verde traçou um projeto ambicioso para o setor da Cultura e Indústrias Criativas para o mandato 2016/2021. A maior parte destes projetos foram concretizados. Mas, infelizmente a pandemia do novo coronavírus teve um forte impacto no setor da cultura o que ditou grandes mudanças para a economia cabo-verdiana e para o Orçamento do Estado”, reconheceu o ministro da Cultura, Abraão Vicente.

Este recuo surge quando a morna, género musical típico de Cabo Verde, assinala na próxima sexta-feira o primeiro aniversário (11 de dezembro de 2019) da proclamação como Património Imaterial Cultural da Humanidade pela UNESCO.

Há dez anos, a Cidade Velha, na ilha de Santiago, tinha já sido elevada a Património Mundial da UNESCO.

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