Amesterdão conta com 166 coffee-shops abertas ao público (Foto: EPA/Evert Elzinga)

A presidente da Câmara de Amesterdão, a ecologista Femke Halsema, propôs a proibição da entrada de turistas nos coffee-shops da cidade.

O objetivo é reduzir o poder de atração dos coffee-shops enquanto locais de férias para o turismo das drogas leves.

“Nos últimos anos, constatamos que a procura de canábis em Amesterdão aumentou enormemente”, disse Femke Halsema numa entrevista à cadeia de televisão pública NOS.

Para Halsema, trata-se de uma questão ligada ao aumento dos turistas, em que parte deles integram o “turismo de canábis”, deslocando-se a Amesterdão exclusivamente para consumir a droga, o que constitui uma “fonte de aborrecimento” no centro da cidade.

“Amesterdão é uma cidade internacional e queremos receber turistas, mas gostaríamos de turistas que venham pela riqueza da cidade, pela sua beleza, pelas suas instituições culturais”, defendeu a autarca.

Os Países Baixos têm 570 coffee-shops, segundo dados do Ministério da Saúde Pública holandês, com Amesterdão a contar com 166, ou seja, 30% do total.

Desde a década de 1970 que o Governo holandês tolera os estabelecimentos que vendem canábis aos consumidores, cuja produção e fornecimento são, porém, ilegais.

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