Chamam-se Enkipaata, Eunoto and Olng’esherr e são rituais de passagem masculinos entre os maasai quenianos. Inscritos como património imaterial pela Unesco, significam a preparação dos rapazes para a iniciação, barbear os jovens guerreiros, ou moranes, abrindo-lhes a porta para a idade adulta, e a cerimónia de consumo de carne que celebra o início dessa idade adulta. O objetivo destes rituais é ensinar-lhes o seu papel na sociedade e conceitos como a responsabilidade e o respeito. Mas é também instruir para a vida futura sobre a sobrevivência da tribo, o que passa pelas tradições e lendas, mas também pela criação de gado, seu principal sustento. O advento da agricultura em detrimento da pastorícia é a maior ameaça a esta tradição que tem num dos seus momentos incontornáveis a dança maasai. Os rituais envolvem jovens dos 15 aos 30 anos, sob o olhar atento das esposas, que vão reagindo à emancipação dos maridos numa espécie de transe. Bem-vindos às cores da Reserva nacional Maasai-Mara, num trabalho do fotógrafo Tony Karumba, da AFP.

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