Rebeldes da região etíope de Tigray invadiram Lalibela e ameaçam a segurança deste local histórico, Património Mundial da UNESCO desde 1978.
Conhecida pelas igrejas do século XII escavadas em blocos monolíticos de rochas abaixo do nível do solo, Lalibela é acessível apenas por um labiríntico caminho que envolve escadas, túneis, cavernas e catacumbas.
Reza a lenda que terá sido o rei Gebre Mesqel Lalibela a mandar construir este autêntico tesouro arquitetónico, composto por 11 igrejas, depois de o monarca ter sido interpelado por anjos que lhe comunicaram um recado de Deus para que edificasse uma nova Jerusalém.
As igrejas são famosas pelos desenhos elaborados e pelas janelas esculpidas em formas de cruzes.
Além de destino popular para turistas estrangeiros, Lalibela é procurada por seguidores da fé ortodoxa da Etiópia, a maior religião do país.
Desde a primeira semana do mês de agosto que se encontra ocupada por elementos da Frente de Libertação do Povo Tigray, levando as autoridades locais a temer pelo seu futuro.
Esta não é a primeira vez que Lalibela se encontra ameaçada. Em 2008, fortes chuvadas tornaram vulnerável o solo local, devido à erosão. A solução encontrada foi erguer escudos de lona, de forma a proteger o complexo de igrejas dos efeitos da chuva.
Há dois anos, Emmanuel Macron, presidente de França, prometeu ajuda financeira e a promoção de um programa de restauro eficaz.