A partir de abril, quem visitar a ilha da Berlenga, ao largo de Peniche, vai pagar uma taxa diária de três euros.
A taxa será paga no momento do registo prévio para acesso e permanência na ilha, através de plataforma eletrónica de controlo dos acessos, a ser criada.
Visitantes entre os 6 e os 18 anos e maiores de 65 pagarão metade.
Reserva Mundial da Biosfera, a Berlenga tem um limite diário condicionado a 550 visitantes em simultâneo, não só para minimizar os efeitos do turismo sobre as espécies e habitats naturais sensíveis, como também tendo em conta a pequena dimensão terrestre do arquipélago.
A decisão de aplicar taxa turística, que foi confirmada pelo Governo em Diário da República, partiu da secretaria de Estado da Conservação da Natureza.
As receitas vão ficar “preferencialmente afetas à promoção das medidas de valorização”, segundo explica a portaria.
As verbas ajudarão a cobrir obras de saneamento, gestão de resíduos e de abastecimento de água de uso público, além da implementação de alternativas de fornecimento de energia elétrica sustentável.
Vão ainda contribuir para melhorar das infraestruturas existentes no cais do Carreiro do Mosteiro, com vista ao embarque e desembarque de pessoas.
Ficam isentos da taxa turística residentes sazonais habituais, trabalhadores de estabelecimentos comerciais em atividade na ilha, profissionais autorizados a exercer pesca ou animação turística e proprietários de habitações no Bairro dos Pescadores.
Também não pagarão taxa tripulantes das embarcações marítimo-turísticas, investigadores autorizados a realizar investigações, trabalhadores afetos à manutenção de equipamentos e infraestruturas, representantes das entidades oficiais com jurisdição na Reserva Natural das Berlengas e residentes no concelho de Peniche.
A ilha da Berlenga é visitada anualmente por mais de 65.650 pessoas.
