Dois meses depois da data oficial, o Brasil vai sair à rua para festejar o Carnaval. Será este fim de semana, com desfiles marcados para todo o país, sobretudo para o Rio de Janeiro
Será a primeira vez que os brasileiros poderão celebrar a sua festa mais conhecida, depois de levantadas todas as medidas de restrição relacionadas com a pandemia.
No sambódromo do Rio de Janeiro, está prometida uma enchente das antigas, com milhares de dançarinos a desfilarem em trajes cravados de lantejoulas.
A festa tem início já esta sexta-feira e vai prolongar-se até domingo.
“Representa muito do que somos como cidade e país. O Carnaval mostra ao mundo um povo alegre, sem preconceitos, que abraça a diversidade, a tolerância religiosa”, definiu à agência AFP Eduardo Paes, presidente da Câmara do Rio de Janeiro.
Cada uma das escolas de samba terá entre 60 a 70 minutos para contar uma história em música e dança, a ser avaliada em nove critérios por uma equipe de jurados.
Os atuais campeões, Viradouro, escolheram como tema o lendário Carnaval carioca de 1919, o primeiro celebrado após a devastação de outra pandemia, a da gripe espanhola.
Outras escolas optaram por temas carregados de mensagens sociais. Oito vão abordar o racismo ou a história afro-brasileira.
“Será um ano muito especial”, garante Bianca Monteiro, rainha da bateria da Portela, escola de samba que mais vezes o Carnaval do Rio.
O evento vai trazer algum alívio para o setor do turismo, com os hotéis da cidade a esperarem uma taxa de ocupação de 85%.