Foto: Pixabay

A Grande Barreira de Corais da Austrália registou o mais alto índice de cobertura em décadas. Um sinal de que a anunciada morte lenta desta maravilha da Natureza pode ter sido manifestamente exagerada.

Um relatório do Instituto Australiano de Ciências Marinhas (IACM), que compilou dados de 87 pontos da Grande Barreira, concluiu que foram verificados os sinais de recuperação mais animadores dos últimos 36 anos.

As partes norte e central do recife ultrapassaram os danos mais rapidamente do que o esperado, especialmente o Acropora, um coral ramificado que sustenta milhares de espécies marinhas.

A cobertura aumentou 36% nos locais monitorados na parte norte do recife, acima dos 27% em 2021.

Apesar dos sinais otimistas, Paul Hardisty, presidente do IACM, alertou que os ganhos podem ser facilmente revertidos por ciclones, novos eventos de branqueamento ou surtos de coroas de espinhos, que matam os corais.

“Os recifes são vulneráveis aos contínuos distúrbios agudos e graves que estão a ocorrer com mais frequência e são mais duradouros”, explicou.

Património da UNESCO, a Grande Barreira de Corais tem vindo a degradar-se acentuadamente e o ritmo de crescimento dos novos corais é muito mais baixo do que esperado.

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