Vai ter um auditório para concertos, um restaurante e uma vista panorâmica da cidade de Bona. Chama-se AIRE, é feita em vidro e coroada a 220 metros de altura. Será a população a decidir se o projeto desta torre futurista vai sair do papel.
AIRE parece vestida com um manto transparente feito com cerca de seis mil peças em vidro e no topo, a 220 metros de altura, é coroada com uma espécie de candelabro que se ilumina à noite. Pretende ser a torre mais alta da cidade alemã de Bona, a seguir aos 162,5 metros da Torre dos Correios (Deutsche Post) e aos 115 do edifício das Nações Unidas.
Está projetada para se elevar na mesma zona, denominada “nova Bona”, junto ao rio Reno, num local onde atualmente existe um parque de estacionamento, mas onde no início do séc. XX se situava um popular edifício de eventos (Sadthalle Gronau), bombardeado e destruído na II Guerra Mundial.
A 166 metros de altura, uma plataforma circular prevê um restaurante e um bar com vista panorâmica sobre o vale, desde Koblenz a Colónia. E, ao centro, uma sala de concertos em forma de anfiteatro, com 1100 lugares e um palco central rotativo com 16 metros de diâmetro.
Para subir ao topo haverá dois elevadores em vidro, com capacidade para 30 ocupantes, que ao longo de cada metro da subida já podem apreciar a vista. Um outro elevador no interior da torre transportará 45 pessoas.
À semelhança do Museu Guggenheim, em Bilbau, ou do Space Needle, em Seattle, a torre AIRE é apresentada como futura atração para impulsionar o turismo de Bona.
“Se alguma coisa pretende ter sucesso, tem de se destacar e ser especial”, defende Horst Burbulla, responsável pelo projeto.
O empresário nasceu na Polónia e vive em Bona desde os sete anos, por isso, confessa que há “uma razão sentimental”, sublinha que a cidade não tem uma grande sala de espetáculos e destaca a vista panorâmica como uma experiência: “A vista traz sensações, sentimentos”.
Com carreira feita na área do cinema, Horst Burbulla venceu um Oscar em 2005, na área técnica, pelo desenvolvimento de um novo tipo de guindaste telescópico que abriu novas possibilidades nas filmagens de cinema e televisão, nomeadamente em cenas de ação. James Bond, os filmes da Marvel, Senhor dos Anéis e Avatar são exemplos.
E porquê querer construir uma torre futurista? “Porque é divertido. Se fizermos algo fantástico na vida, a vida é fantástica”, justificou num encontro com jornalistas, no final de julho.
A ideia é que seja a população de Bona a decidir se a construção deve avançar. Está em curso uma petição pública para a realização de um referendo, sendo necessárias dez mil assinaturas de residentes com mais de 16 anos. Já foram recolhidas cerca de 90%.