Israel adquiriu um papiro extremamente raro, com uma inscrição em hebraico e cerca de 2700 anos.
Pouco maior do que um selo postal e com quatro linhas de escrita angular, o documento estava na posse de um habitante do Estado norte-americano do Montana.
O manuscrito, datado do final do século VII ou início do século VI a.C., está escrito em tipografia paleo-hebraica, típica do período do primeiro templo judaico em Jerusalém.
É um dos poucos da região no final da Idade do Ferro, segundo arqueólogos.
Composto por quatro linhas, começando com as palavras “Le Ishmael tishlakh” (Enviar a Ismael, em português), tudo indica que seja o fragmento de uma carta contendo instruções para o destinatário.
“Não sabemos exatamente o que foi enviado e para onde”, disse Joe Uziel, diretor da Unidade de Manuscritos do Deserto da Judeia da Autoridade de Antiguidades.
De acordo com o especialista, a datação por carbono-14 correspondente e o estilo paleográfico tornam “muito certo” de que não se trata de uma falsificação moderna.
O papiro poderá ter sido saqueado de uma caverna no deserto da Judeia.
A sua origem e a viagem desde o deserto para o Montana continuam por esclarecer.
A autoridade de antiguidades israelita recusou-se a identificar o morador no Montana que estava na posse do papiro.
Numerosos fragmentos de pergaminhos da região árida perto do mar Morto surgiram no mercado de antiguidades nos últimos anos.