Foto: Pixabay

Depois de várias queixas, o Ministério Público francês vai investigar se o metro de Paris ultrapassa níveis de poluição que podem colocar em causa a vida dos passageiros.

As denúncias partiram da Respire, Organização Não Governamental que nos últimos anos tem acusado a empresa gestora do metropolitano de “subestimar deliberadamente” os perigos das emissões poluentes e de esconder tal realidade aos utilizadores.

O perigo, acusa, dura há já duas décadas.

Tony Renucci, da Respire, confirmou que o processo judicial vai mesmo arrancar e que serão investigadas duas situações de monitorização dos gases emitidos.

Em junho do ano passado, o Anses, órgão de vigilância da saúde pública francês, concluiu que os níveis de partículas finas tóxicas eram, em média, três vezes maiores dentro do metro do que no seu exterior.

As principais fontes de preocupação do estudo foram as partículas geradas no sistema de travagem das composições, enquanto a poluição foi analisada apenas em três das 309 estações.

A empresa que gere o metro parisiense, a RATP, garante que que a qualidade do ar é uma “prioridade” e que tem em marcha um “plano de ação ambicioso” para combater a poluição.

Entre outras medidas, está pensada a instalação de ventiladores de alto desempenho e de programas de travagem elétrica.

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