Foto: Khaled Desouki/AFP

Uma equipa de arqueólogos encontrou novos tesouros na necrópole de Saqqara, a sul do Cairo, capital do Egito.

Foram desenterradas duas oficinas de embalsamamento humano e animal, assim como outras duas tumbas.

O vasto cemitério, na antiga capital egípcia Memphis, é Património Mundial da UNESCO e abriga mais de uma dúzia de pirâmides, túmulos de animais e antigos mosteiros cristãos coptas.

Mostafa Waziri, líder do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, explicou à agência AFP que as oficinas de embalsamamento, onde humanos e animais foram mumificados, “remontam à 30ª dinastia”, que reinou há cerca de 2400 anos.

Foto: Khaled Desouki/AFP

Os investigadores “encontraram vários quartos equipados com camas de pedra onde os mortos se deitavam para a mumificação”, precisou o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito.

Cada cama terminava em calhas para facilitar o processo de mumificação, com uma coleção de potes de barro próximos para guardar entranhas e órgãos, além de uma coleção de instrumentos e vasos rituais.

Os primeiros estudos sugerem que foi usada para a “mumificação de animais sagrados.”

A descoberta também inclui os túmulos de dois padres que datam dos séculos XXIV e XIV AC, respetivamente.

O primeiro pertencia a Ne Hesut Ba, que serviu na quinta dinastia como chefe dos escribas e sacerdote dos deuses Hórus e Maat.

A segunda tumba, a de um padre chamado Men Kheber, foi esculpida em rocha e apresenta representações do próprio falecido nas paredes, bem como em uma estátua de alabastro de um metro de comprimento.

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