(Wikimedia)

A Tailândia pelo olhar da viajante Sara Rodrigues.

(Sara Rodrigues)

Esta viagem à Tailândia era para ter sido realizada em abril de 2020, mas a pandemia travou-a.

Somos três amigas que já tinham viajado juntas para Cuba, há seis anos. Por norma organizamos as nossas viagens e foi com muita tristeza que, já com roteiro feito e tudo comprado, vimos o nosso esforço ir por água abaixo.

Felizmente, esta longa espera valeu a pena.

Tudo o que se ouve dizer sobre Banguecoque é real, mas a dimensão da cidade só é passível de ser percebida estando efetivamente lá e vendo com os próprios olhos.

A sensação térmica é qualquer coisa, devido ao calor e à poluição. A cultura, as gentes, os cheiros e as tradições misturam-se.

A agitação, o trânsito louco e sem regras, os prédios grandiosos e as habitações rudimentares, as ruas desertas e escuras, está tudo num só sitio. Mercados de rua, mercados noturnos, comida de rua, frutas deliciosas, sumos naturais, tudo.

Vimos templos, dos mais conhecidos (Buda de Ouro, Buda Reclinado) aos menos turísticos mas igualmente grandiosos, como o Golden Mount, que além de lindo tem uma vista deslumbrante, visitámos o Grand Palace, fizemos um passeio de barco pelo rio Chao Phraya (que nos fez conhecer uma versão bem mais pobre e debilitada de Banguecoque).

Fomos a Chinatown que faz efetivamente jus ao que se diz dela e ainda conseguimos testemunhar o mercado do comboio, uma experiência sem dúvida única, um mercado flutuante e o Sky Bar Lébua e a sua vista panorâmica sobre a cidade.

(Sara Rodrigues)

Chiang Mai foi dos sítios que mais me deslumbrou, com muita pena de ter apenas dois dias para ele.

A Natureza, as montanhas, o ar mais puro e muito menos sufocante do que o da capital, menos agitação, menos turismo, mas a mesma essência das gentes, dos mercados, etc.

Apesar da falta de tempo, conseguimos fazer a descida no rio em jangada de bambu, visitar um santuário de elefantes, fazer trail até às belíssimas cascatas, conhecer templos (o Doi Suthep foi dos que mais gostei).

E, sobretudo, pudemos visitar a tribo Long Neck, num final de tarde contemplado com uma pequena trovoada que alegrou as crianças da aldeia, animadas por tomar banho ali mesmo, à chuva.

Foi um sitio que me fez refletir sobre mim mesma, sobre o dia a dia, sobre o quanto devemos focar-nos em agradecer o que temos e não no que nos faz falta.

(Sara Rodrigues)

A paragem seguinte foi Ao Nang, a 15 minutos de Krabi. É uma zona de praia com muitas ligações de barco para outras ilhas e menos turística do que Krabi.

Esta localização estratégica permitiu-nos visitar as famosas ilhas Phi Phi, Bamboo, Chicken e a Praia dos Macacos, que só vimos de longe para evitar incidentes.

Mergulhámos, fizemos snorkeling, deitámo-nos na areia daquelas praias maravilhosas. E fomos a Maya Bay – nenhum lugar consegue superar a beleza deste sítio. É paradisíaco.

Passámos nas Salinas Hot Spring Kholonh Thom, nas Emerald Pool e Blue Pool, na Tiger Cave, na Praia Railey e na Phra Nang (Princess Cave). E ainda passeámos pelos mercados de Krabi.

Kho Lipe foi o destino final, para recuperar do cansaço dos dias anteriores. É uma ilha menos turística mas de beleza igualmente ímpar e água límpida.

Foram dias maravilhosos, experiências magnificas e paisagens encantadoras que espero pelas minhas palavras e fotografias conseguir partilhar, fazendo-vos viajar de maneira indireta e sentir um pouco do que eu senti.

Vim de alma e coração cheios.

Partilhar