Foto: Pixabay

As autoridades de Nova Iorque eliminaram o aluguer temporário de alojamento através de plataformas online como o Airbnb.

A nova lei municipal colocou, assim, 36 mil apartamentos fora da rota turística, abrindo apenas uma exceção para espaços em prédios onde resida o próprio senhorio da fração a alugar, desde que o mesmo esteja presente durante toda a estadia.

Os visitantes não podem ser mais do que dois de cada vez e não podem trancar as portas dos quartos. E os proprietários têm ainda que pagar ao município uma taxa de 145 dólares (135 euros).

A medida suscitou críticas por parte de donos de imóveis e o aplauso de um bom número de nova-iorquinos, que, segundo constatou a agência AFP, acreditam ser possível desta forma atacar a crise imobiliária que se vive na cidade.

Com rendas que rondam os 5000 dólares por mês (4600 euros), um dos objetivos do novo decreto é devolver muitos dos apartamentos turísticos ao mercado a longo prazo, aliviando a crónica escassez de habitação.

Por seu lado, a Airbnb, pela voz de Theo Yedinsky, diretor de política global da plataforma, considera que a cidade “está a enviar uma mensagem clara a milhões de potenciais visitantes, que agora terão menos opções de alojamento.”

A Câmara de Nova Iorque quer também acabar com o que chama de prática ilegal, que gera problemas de “ruído, lixo e segurança pessoal” para os residentes permanentes.

Nova Iorque recebeu 66,6 milhões de visitantes em 2019, um ano antes da pandemia.

A nova lei, preveem analistas, poderá aumentar os preços dos hotéis e afastar da cidade turistas menos abastados.

Embora mais restritiva, Nova Iorque passa a seguir cidades como São Francisco, que limita alugueres de curto prazo a, no máximo, 90 dias por ano.

Partilhar