A 728 metros de altitude, ergue-se uma das maiores atrações turísticas da Nicarágua: o vulcão Cerro Negro.
Mas não é só a imponência nas alturas que torna o Cerro Negro famoso naquele país da América Central. Ganhou fenómenos de popularidade depois de, surpreendentemente, ter passado a ser muito procurado por quem o quer… surfar.
Milhares de pessoas todos os anos escalam o vulcão para depois o descer a alta velocidade. São 40 segundos que, diz quem já experimentou na primeira pessoa, parecem minutos eternos de pura adrenalina.
Que o diga a portuguesa Carina Mora, que disse à agência AFP ter vivido “a melhor experiência humana que se pode ter: sentir o calor da terra”. Para Carina, a parte pior foi mesmo a caminhada “um pouco cansativa” até ao topo do vulcão. Nada que supere o que se segue. “Quando se desce é perfeito, só apetece repetir”.
“É um pouco assustador, mas divertido”, resumiu, por sua vez, o turista norte-americano Eduardo Shandro. O compatriota Adolfo Adofen concorda e descreve: “Descer um vulcão é muito rápido, por vezes parece que se vai perder o controlo, mas depois torna-se algo único”.
Embora ativo, o Cerro Negro não exala fumos nem constitui ameaça para quem o visita. A última grande erupção foi em 1999.
As descidas, que têm programas a rondar o equivalente a 27 euros, são exploradas por 12 empresas locais, como a Bigfoot, cujos responsáveis não têm dúvidas de que criaram um negócio singular. “É o único lugar do Mundo onde é possível descer um vulcão ativo”, garantem. E talvez seja mesmo…