Foto: Claudio Cruz/AFP

É uma das atrações turísticas mais espetaculares do México. O comboio El Chepe Express atravessa as montanhas escarpadas das Barrancas del Cobre, na Sierra Tarahumara, que integra a cordilheira da Sierra Madre Ocidental, e leva os passageiros por um paraíso territorial que cobre desde comunidades indígenas a locais controlados por cartéis de droga.

Reconhecido pela National Geographic como uma das maiores viagens ferroviárias do Mundo, o El Chepe Express sai de Los Mochis, no estado de Sinaloa, em direção à cidade de Creel, no ponto mais alto do estado de Chihuahua.

Foi em Los Mochis que o fundador do cartel de Sinaloa, Joaquin “El Chapo” Guzman, foi capturado em 2016. A zona é de tal forma perigosa que os EUA desaconselham viajar para lá.

O comboio transporta centenas de passageiros por dia, num percurso de 350 quilómetros.

A viagem implica cruzar espantosas 37 pontes e outros não menos espantosos 86 túneis.

Foto: Claudio Cruz/AFP

“É outra forma de descobrir o México”, definiu à agência AFP Christophe Schild, francês de 55 anos que quis experimentar a sensação de entrar no coração do país na companhia de duas filhas gémeas.

Durante os meses quentes de verão, a maioria dos utilizadores do El Chepe Express é mexicana, mas noutras épocas do ano os estrangeiros podem representar até metade dos viajantes.

Foto: Claudio Cruz/AFP

O regresso dos visitantes estrangeiros tem sido gradual, depois de em agosto de 2008 homens armados terem atacado o comboio e provocado 13 mortos.

Dez anos depois, em 2018, um turista americano foi assassinado por supostos traficantes de droga durante uma caminhada pelas montanhas locais.

E em junho do ano passado, dois padres jesuítas e um guia turístico foram mortos a tiro dentro de uma igreja da região.

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