Foto: Flickr

O excesso de turismo no bairro de Quioto onde se concentram as tradicionais gueixas levou as autoridades da cidade japonesa a tomar uma atitude radical.

Assim, os visitantes ficarão literalmente proibidos de circular em Gion, assim se chama o bairro, de forma a proteger a cultura local e quem a protagoniza.

A medida, que terá efeitos práticos a partir de abril, foi tomada depois de constatados inúmeros casos de excessos por parte de turistas nas vielas de Gion, o que levou a queixas da população.

A zona é conhecida por albergar casas de chá onde atuam as geiko, assim são denominadas as gueixas, e as maiko, as jovens aprendizes.

Em dezembro passado, um conselho distrital de Gion composto por residentes instou a autarquia de Quioto a resolver o problema, o que agora aconteceu.

“Não somos um parque temático”, protestaram os membros do conselho, que apontaram episódios lamentáveis, como quando o quimono de uma maiko foi rasgado e o de outra foi queimado com um cigarro.

Os grupos de turistas também “agem como paparazzi” quando as gueixas emergem das ruas estreitas, que têm apenas um ou dois metros de largura.

“Não queríamos chegar ao ponto de proibir, mas estamos desesperados”, sublinharam.

A Hanamikoji, principal rua de Gion, que é pública, permanecerá aberta aos turistas.

Apesar dos equívocos comuns, as gueixas não são prostitutas, mas sim artistas e contadoras de histórias altamente qualificadas na dança tradicional japonesa, instrumentos musicais e jogos.

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