“Um evento de branqueamento em massa”. É este o nome do fenómeno que especialistas atribuíram à súbita alteração da tonalidade da Grande Barreira de Coral, na Austrália.
Tal deve-se, dizem, ao aquecimento da temperatura do mar que está a ameaçar aquele que é o lar de milhares de espécies marinhas e que se estende por impressionantes 2300 quilómetros de costa.
Os dados foram confirmados por cientistas do Governo australiano após levantamentos aéreos feitos em 300 recifes rasos.
O branqueamento dos corais ocorre quando as temperaturas subaquáticas são um grau mais altas do que a média de longo prazo.
À medida que os corais ficam sob stress térmico, expelem as algas que vivem nos seus tecidos, drenando-lhes as suas cores vibrantes.
As temperaturas dos oceanos ao longo da Grande Barreira aproximaram-se de níveis recorde nas últimas semanas, de acordo com a monitorização oficial.
“Sabemos que a maior ameaça aos recifes de coral em todo o Mundo são as alterações climáticas”, alertou a ministra australiana do Ambiente, Tanya Plibersek.
“É necessário agir e proteger nossos lugares especiais e as plantas e animais que os chamam de lar”, exortou.
Antes deste branqueamento, a Grande Barreira de Coral sofreu idêntico processo em massa em 1998, 2002, 2016, 2017, 2020 e 2022.