Foto: Jose Manuel Romero/AFP

Um pequeno pedaço de gelo entre rochas nuas. Apenas isto é tudo o que resta do último glaciar da Venezuela, que agora vai ser salvo.

“O que temos é um pedaço de gelo com 0,4% do seu tamanho original”, detalhou Julio Cesar Centeno, professor universitário e conselheiro da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED), à agência AFP.

O glaciar, situado a 4900 metros de altitude no pico Humboldt, foi coberto com uma malha térmica feita de plástico polipropileno, que o protegerá dos raios solares.

A cobertura chegou ao topo da montanha em 35 peças separadas, cada uma com 2,75 por 80 metros e assemelha-se às que já estão a ser usadas em alguns países europeus, principalmente para proteger pistas de esqui em climas mais quentes.

“Vai permitir manter a temperatura da área e evitar que o gelo derreta”, explicou Jehyson Guzman, governador do Estado venezuelano de Mérida.

As estimativas mais otimistas dão à cobertura de gelo remanescente “quatro a cinco anos” antes de desaparecer completamente.

Antes deste glaciar, a Venezuela perdeu os que existiam no topo das serras de El Leon, La Concha, El Toro e Bolívar.

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